sábado, 15 de fevereiro de 2020

Dualidades



Balas de canhão e bolhas de sabão:
viver é lidar com o peso de ser gente e a leveza do amor
A dualidade de conviver com a borboleta
E de bombas sob algum lugar - até sob o Japão

Pois o humano é o bicho mais imperfeito
A mais insólita criação.

E todo tipo de sentimento e de pessoa
Passa e perpassa nossos caminhos
Nessas horas, é preciso entender 
Que mesmo o mais saboroso vinho necessitou de ser uva pisada

Por isso, vivo de sangrar poesia
e de por ela, ser milagrosamente curada...

Por isso, sobra amor e compaixão aqui no peito!
Bate em mim toda sorte de força e sentimento bom
Porque o mundo não modificará na essência da palavra
a 'dor e a delícia' de ser quem eu sou.

E eu sou...forte e suave...
Foi o tempo e também os olhos cinzas de meu pai
Que me ensinou a beleza da poesia
Mas também a força necessária para viver e colher o fruto do dia!

E tudo em mim é colheita e plantação
Cada beijo de bom dia, cada Adeus...e cada oração
Pois eu doo meu coração somente a quem colhe e acolhe meu dias
e medos

E a cada manhã mais entendo
Que amar é ser amada: 
e equacionar é o óbvio e natural segredo.

#

Sobre amor, reciprocidade, compaixão e multiplicação.

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