domingo, 16 de agosto de 2015

Desfolhar


O fragmento do fragmento:
Despedaço-me.
Despetalo  pouco a pouco
E no silêncio encontro o ponto
Pra outonar minha primavera
Veja, quanta quimera
Ser tantas estações num único lugar...

Rego a alma com o sal de um choro
Um alívio, um colo, consolo
Tão terno e  particular!
E cada milagre  faz mais sarar...
Por isso, te conto um segredo:
O mundo não consegue arranhar minha fé
Sigo remando contra a maré...

E por ver o vento manso que percorre
os céus cinzentos de uma tempestade
Aprendi a quietar na poesia
E, em meio à forte ventania
Permanecer com a alma em paz...
Porque sou, sobretudo
espelho de meus ideais!... #

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