quinta-feira, 1 de junho de 2017

Highway (2)



Caminho pela estrada à procura de mim
com as velhas botas no ombro, o  riso antigo
E os pés desbotados
Pelas pedras e cinzas do asfalto...

- Presto pouco atenção nos radares
Placas e lugares não encontram lares
Gosto mesmo é dos mares
 e a luz macia dos luares... - 

- Mas eis que nunca sou e nunca me encontro!
(Nesta Highway infinita e incerta)

Deve ser essa mania fina de perder a pele
e debulhar de encanto
Ou culpa do gênio ruim de minha avó...
ah! Minha avó.

Velha louca que falava com plantas e ervas
E dizia a meu avô mensagens de nossa senhora
Criou filhos fortes e uma reza poderosa
Que embala suas gerações...

Não a conheci  
- Tampouco conheço a moça que mora no espelho
Sei apenas do perfume preferido
E do apreço por batom vermelho,

E o jeito meio sem esconderijo que se esconde em seu sorriso...

Sujeito-me à ser surpresa e caos
E começo a gostar dessa equação
Deixo o coração livre pra ser coração
(essa coisa de outro mundo que expande afeto)

Não sei mais o que é certo
Perdi a retilínea em algum lugar do passado
Deixei a rima solta e o coração desassossegado
E da vida, quero apenas:

1. Ver uma chuva de luar,
2. Mergulhar em um rio de estrelas,
3. Ser, transcender e  transbordar!

#


Sobre o gênio ruim, a reza forte e as plantas. Da vovó.
E sonhos loucos! <3
No mais, já disse o poeta: "Quem faz sentido é soldado"
  ;P

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