Gosto das horas
cinzas
Do frio macio do ar
que repousa
Após o cair de
um sol que arde
E da garoa doce
desse fim de tarde...
Gosto desta tarde cinza de outubro
De transição entre o inverno que
nunca chegou
A primavera doce dos
ipês de Setembro
E os dias que levam o
ano embora
Pelas mãos gentis de
Dezembro...
Gosto do cheiro de café!
Misturado ao cheiro
de terra molhada
De contemplar o sino
dos ventos
bater seu macio lamento na
solidão da calçada...
Gosto das dezoito
horas,
Pois a vida se
despede da luz do sol
Para deixar dançar no
céu a lua!
E do tempo que falta
para minha mão
Finalmente encontrar
com a tua.
Escorreu do poema:
Que as mãos que se procuram,
Nas transições da vida,
se encontrem.
Em viva poesia.
E que o amor
Seja sempre amor
Em todas as paralelas ou esquinas.
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