terça-feira, 11 de outubro de 2016

Coração!



Se pudesse abrir a caixa
E consertar esse pino que falta
Nesta máquina quebrada 
Que machuca enquanto bate
Num eterno morde e assopra...

Ah! eu não queria, não.

O desajuste que lhe sobra
O vento que lhe sopra
E estimula a pulsação
Fazem o giro  diferente
E mantém o peito ardente!

E o que seria do mundo
Sem os desajustados? 
Sem o charme da contradição?
O que seria o universo?
Sem o doce sabor da ilusão!

Quem sabe essa disritmia 
E esse emoção toda tatuada
Sejam parte da grande desarmonia!
Que, no entremear do verso
Alinham o universo...

Com sua luz tardia.



Nenhum comentário:

Postar um comentário