Se pudesse abrir a caixa
E consertar esse pino que falta
Nesta máquina quebrada
Que machuca enquanto bate
Num eterno morde e assopra...
Ah! eu não queria, não.
O desajuste que lhe sobra
O vento que lhe sopra
E estimula a pulsação
Fazem o giro diferente
E mantém o peito ardente!
E o que seria do mundo
Sem os desajustados?
Sem o charme da contradição?
O que seria o universo?
Sem o doce sabor da ilusão!
Quem sabe essa disritmia
E esse emoção toda tatuada
Sejam parte da grande desarmonia!
Que, no entremear do verso
Alinham o universo...
Com sua luz tardia.
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