sexta-feira, 22 de fevereiro de 2013

Multidões

Nessa dança tão solitária
Multidões não significam nada
Há desertos por essas ruas iluminadas
E gritos surdos ecoando  almas penadas...

Vivos-mortos
Faces inertes não falam em vida
Quantos sofrem? quantos estão chorando?
O teatro é mais que absurdo - é surreal
Na massificação da vida, tudo é tão banal...

Não quero repetir a lógica do absurdo
Não quero pôr-me em modo mudo
Mudo de sons, de verbos e poemas
Então mantenho a mente inquieta
incompleta, não serena....

Sem sorrisos metrificados
e corações estanques, gelados
Sem tanto fast-food e auto-suficiência
frios, enlatados e almas pequenas! #


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