terça-feira, 30 de agosto de 2011

"Manifesto Feminino"

Não estou
Na feira de exposição
Fruta à disposição
De se colher

Nem marionete
Bonequinha de pano
Sem pulsação
guiada pelo teu condão...

sou sangue
Fluído e sentido
Correnteza sem prumo
suor, desejos, sumo

Só vou sorrir
Se sentir vontade
E te vou beijar
Se bem o desejar

Eu não preciso provar
Do teu sabor
 pra reafirmar minha feminilidade
Isto é coisa de quem precisa de metades
E eu sou inteira até pra me doar...

Faças algo mais que o trivial
Pra te fazeres notar
Não noto "coisas"
Que julgas normal
Não alimento matéria banal... #

7 comentários:

  1. "sou sangue
    Fluído e sentido
    Correnteza sem prumo
    suor, desejos, sumo"
    Sensacional.

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  2. Uii!! Amei! "Sou inteira até pra me doar" Achei fantástico isso!

    Estou te seguindo de volta!

    (A propósito, teu blog é lindo, a começar do título! Mto bom passar por aqui!)

    Beijo.

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  3. escarceunario ( sétima parte )


    céus
    de montes longes
    estrelados belos
    em vôorvalhos de fagulhas
    num espetalar de dissolvidro sol
    em contínuas emolduragens zen
    untado de óleopardo mais zanzibar
    do que amarelosóis da rubria-terra
    em ostras palávridas:
    nascentelhadas no desorientenebroso
    horizontem das orelhas do ventre-livro

    drupáceas flabeladas de incrustáceos
    caducifólios bilobados sobre mimmesmo -

    unha velida volvoreta (1)
    en canto un rascaceo
    en anacos calaveras
    esculcam tebras

    transborboletras frinchadas
    corcircundam odores melíferos
    de purpurina onde salivorescorrem
    pelas guelras das siloitas
    páginalvas soltas a (f)rugirem
    como mercenárias hienas
    de cielosflamejantes
    até silvanas áfriicas
    de vísceralmas semiclaras
    ao pátrio armado:

    a obscuras vive el vértigo sin párpados
    y en el cielo unánime brotan súbitos pájaros

    imparênteses
    entristecidas teses
    de gingerlinas glabras
    estes tristes traços
    entre a incerteza
    do ser tão de teresina
    e o " teseu de trezena " -

    testemurro-a sobre(a)mesa de amora !?
    gergelimacídea ?! aroma de romã ?!

    " uma rã estria n'água respingo de lágrimas "

    - arremesso a palavra pedra
    como se fosse o começo
    e não meço a (in)conseqüência
    da queda que revela a perda
    ao vento vendo-se movendo
    onde escrivo palavrouras intrigadas
    de trigores heliantos
    em ocultos paradisos

    quem no fulgor do poente
    cor
    rói
    o brilhoso sol tombado
    no instantespesso da florvalhada
    mais suave ?

    - relâmpagos de silhuetas -

    singradura
    de estrebelhas
    em tramas às margens
    está tua face de mármore
    e sei os duros cedros entre
    fôlegoles de cidra e dentres
    de mar gim a embriagar os teus esf
    olhos envidrados abrigando
    entre si -

    chega de trama chega de drama
    aconchegaqui teu corpo um copo d’água
    o teu corpo de áquila no aconcágua
    um condor enregelado a lado
    a reger o andes quer onde tu andes
    seja em meu corpo ou nas sendas
    de silvos satirídeos
    em rochamuscadas de rascaceos
    como suavessas rapinas
    de utopázions a entreabrir-se
    em insinuantes pálpedras
    a esquivar-se do olhar
    do espelho sobre este mar
    de tenebras


    by luiz gustavo pires

    www.escarceunario.blogspot.com

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  4. Fabiano...tuas percepções enriquecem quem sou! Grata pela companhia das divagações poéticas. ;)

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  5. Mima! Obrigada! O seu blog é encantador, e mto bom estar seguindo-te!
    Beijo. =**

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  6. Jaci, fiquei feliz com seu comentário! Seja bem-vinda, querida! Vamos compartilhar suspiros então ;)
    Beijos e beijos

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  7. Capitu, obrigada pela receptividade! tentei seguir-te,mas acho que a internet não ajudou... Volto novamente,teu blog é extremamente interessante!
    Além do mais, dialogar de ruiva pra ruiva é tudo de bom! rsrsrsrs =)

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