quinta-feira, 26 de maio de 2011

Nem sei quantas pessoas sou
há sempre um perfume
um riso
uma descoberta
(uma lágrima encoberta)

Nem mesmo sei tudo que me habita
todos meus "eus"
cada pedaço enfim
encontram-se e perdem-se de mim...

há sempre uma travessura na ponta da língua
pedindo para sair
há umas verdades ousadas
criteriosamente caladas

Uma espécie de inquietude
de tudo que ainda não veio
ao mesmo tempo uma paciência
e uma firme crença...

(no quê?)

Habitam-me tantos mundos!
tantas estradas
apresentam-se enfim
a todos e ao ninguém que sou...

no fim. #

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