Poesia, Filosofia de boteco, Observações do Cotidiano e o que mais vier p´ro mundo da lua! ;)
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
CONSIDERAÇÕES SOBRE O BLOG :1 - Viva a liberdade poética e a proteção aos direitos autorais!Toda vez que posto algo,indico autor. Se não o faço, é porque é a autora quem vos posta.2) Imagens? -Dr.Google. Exceções? Indico autoria. 2) -Poemas,velhos caducos que falam de tudo.NEM SEMPRE FALAM DO QUE SINTO! ... ***quem dera...***
*Leia a digressão ao som da canção (ins)piradora ;)
"Atrás da Porta..."
Adoro essa expressão. Acho filosófica e profunda. Um olhar pode ser uma porta. Um sorriso. Uma palavra. Um quadro...uma fotografia...uma chegada. E até uma partida. Porta. Fenda que abre. Uma 'casa', uma alma, um olhar, uma pessoa. Sim, pode achar me chamar de d.Louca.
A verdade é que andava com saudades de filosofar nesse lugar só meu, livremente, sem muita preocupação com quem 'vai me ler'. Explico. De uns anos para cá, o aluanaodorme, que era só um diário poético emocional, ganhou 'tamanho' e ganhou você, que me lê e acompanha. Algumas épocas, como essa semana, tive mais de 750 acessos por dia...vez ou outra, acontece. Daí, fiquei mais tímida para as filosofias doidas que escrevia...para não cansar seus olhos de leitor, que vem aqui buscar por poesia e leveza. Então diminuí a sessão "Filosofia do boteco da Lua".
Bom...o fato é que, 'a insustentável leveza do ser', pelo menos do meu ser - com o perdão do empréstimo de Kundera, precisa às vezes escrever umas coisas doidas...e ai vai uma.
Nunca gostei de ver apenas a superfície. Sempre perguntei o porque das coisas: da luz, das sombras, de mim, de ti, das dualidades tantas que fazem com que cada ser humano seja um multiverso inexplicável, multicor e tão multidimensional. Sempre li tudo que podia para tentar explicar ou contentar com o fato de que era inexplicável...
Nunca sinto pouco. Sinto tudo. Se é amor, eu vou toda coração. Mas meu avesso é bem avesso mesmo, que é para sustentar a força desse verbo...esse que o peito bate com tanta força. Hoje, coloco tudo debaixo de um sorriso e essa suavidade parece enternecer as pessoas: é engraçado. Tem tanto calor aqui embaixo, que às vezes queima. Mas tudo bem, quem nunca queimou dentro de si, não é capaz de saber o que é ser...Fênix.
Curiosamente, sempre tive medo de tudo isso...dessa intensidade e dessa vontade de sentir. Da compaixão que às vezes não me deixa dormir,para sentir a dor do outro...desse gênio de lâmpada queimada, que tenta equilibrar toda a filosofia, musicalidade e poesia que esse mundo gigante e colorido me trouxe.
Belchior dizia "eu não estou interessado em nenhuma teoria, em nenhuma fantasia, nem no algo mais..." - Isso tudo dito pelo músico que mais compôs diálogos intercalados com a poesia, filosofia e literatura e toda teoria de outros compositores...o que mostra o quanto um poeta/filósofo/escritor pode ser mesmo 'maluco'.
Eu gosto dessa loucura. Dessa intensidade. Me sinto parte. Mas, estranhamento, isso me desloca...ou me coloca em órbita(afinal, 'aluanaodorme'). Mas isso tem seu preço e não é fácil arcar com ele. Por sorte, a vida colocou mais gente maluca por perto ...e por isso me sinto muito amada, apesar do leve incomodo da solidão de sentir...que acho que é próprio da natureza humana.
A solidão de sentir é uma coisa estranha. É uma porta para a existencialidade. É foda (com o perdão da palavra).Não tem a ver com estar acompanhada. Mas sim com um lugar por onde o mundo entra em você. E isso é tocante e forte... nessas horas, me faço companhia e me acalmo (coisas que aprendi com a 'idade). Acho que todos têm esse sentimento - cada um à sua maneira.
" Mas eu preciso de outros sapatos, de outras roupas, outros temperos...para provar minhas ideias e meus sentimentos..."
Mas não dá para ser uma ilha...nós somos feitos de CALOR! Construção de muitas mãos. Por isso, gosto tanto de conversar sobre a vida, sobre as muitas possibilidades de tudo: Deus (como o conheço) existir, sobre o que acho que ele espera de mim...gosto de conversar sobre o Deus que morava em Pessoa e todos seus heterônimos, sobre a lírica em Lispector, em Cecília...e também na Maria Ester, Alcinea, Fernando Canto, gente que me diz como o meu mundo era, há algum tempo atrás...e que me auxilia a construir a minha territorialidade pessoal como um reflexo de suas fantásticas existências, no agora. Nessas horas, percebo o quanto tenho SORTE! Sou fã, amiga, próxima de verdade, de gente que preenche de forma incrivelmente apaixonante meu senso de identidade(s)...
"é porque trago tudo de fora (...) trago a imagem de todas as ruas por onde passo... Eu sou a soma de tudo que vejo e minha casa é um espelho...onde à noite eu me deito e sonho com as coisas mais loucas...sem saber porque! "
Sobre a(s) bendita(s) identidade(s): O fato é que eu também sou uma porta. Como todos somos. Portas a Universos, múltiplas vivências, pesos e levezas, experiências, dores, amores. E é difícil pegar a nossa 'porta' e aconchegar em 'outra'....quando isso acontece, é sempre mágico. Mas nem tô falando de amor romântico, propriamente. De tudo. De amizades, de universos...de estar 'em par' com uma pessoa para rir...para assistir filme...para brincar...
Não sei se é bem uma 'escolha'. O tempo passa e acredito cada vez mais em encaixe. Sabe a música ' a sua loucura parece um pouco com a minha'? Acho que é isso. E isso me recorda que, há uns anos atrás,uma amiga preferiu construir sua casa(concreto) a fazer terapia. E disse a ela que eu faria a escolha contrária, porque 'a minha casa, o meu lar...sou eu'. Aqui, neste espacinho de ser eu, tenho aprendido a ser mesmo a rainha (longe de menosprezar outros reinados).
O fato é que, bom, atrás das portas...existem casas maiores,menores, amplas, dogmáticas, livres, etc.etc.etc...infinitas! Mas eu não tenho tempo...não tenho vida e nem espaço - e nem muito tolerância - para nada que queira só a superfície. O que me leva a pensar que pessoas são mesmo é portais. A porta é só o indicativo do início.
E nisso moram incalculáveis possibilidades.
E é tão óbvio, mas ao mesmo tempo tão loucamente complexo e trabalhoso: todos os dias, o único portal que eu posso mesmo 'viajar'...é o (m)eu. Os demais são ...probabilidades. Um cubo mágico de gigantes des -interações. E isso é louco. Mas também é mágico.
"Como tudo na vida'' - já dizia outro escritor. :)
#
Boas portas, bons portais. Um bom reinado de plurais, para você que me Lê!
LUZ!:)
*Publicado em 15.06.2019. Editado e republicado, porque foi acessado.
Peço que o
tempo pare Para tua
presença amada. Que a vida
floresça em mais segundos com teu riso manso Tua poesia
pronta, recriada a cada canto
Nos espaços da
nossa casa Que já é um lar
por ter você... Rosas Perfume Calor!
Um jeito todo
próprio de expandir amor O coração nem sabia
que poderia suportar essa alegria
Há tanta magia na simplicidade de cada coisa Ah! a simplicidade, amada, eu bem sei, é um
presente...
Luz
Claridade
Essência!
Amor em estado de calma latência
O tempo é melhor porque estás aqui...
Mais
responsável por mim do que nunca fui Mais flutuante
na vida do que a vida vai A gente sai
para brincar de rir a cada dia! E sou, de tanto em tanto, melhor pelo teu bom afeto:
Quente, caloroso, certo... E de saber que
estás, fica tudo tão bem Já não existe espaço,
só presença certa E assim, a vida é melhor a cada descoberta ... por tua presença, Amada.
#
Meu amor, muito Obrigada por escolher estar comigo nessa jornada! Eu me esforço para fazer esse sorriso e calma que vieram contigo serem ainda mais amplos.
Bethânia ecoa Caetano: 'Quem não é Côncavo não pode ser Reconvexo...'
E não importa que a poesia deite e role, João
A gente se perdeu sem se ganhar
E o afeto que fica
é pouco para o que se tinha a partilhar
E não importa qual a senha, não há tanto segredo assim
Afinal, tudo que havia cabia na porta do olhar
No verbo não dito
Guardado dentro de mim.
E, ao fim, bem na curva do sol,
Somos mesmo ganhadores!
Em uma estranha equação
A gente se perdeu no mesmo trem, no mesmo ritmo
E no mesmo vagão.
#
Obs1: O final deste poema tem clara inspiração em um poema da linda Maria Ester, aliás um poema que amo, o 'Desencontro', que diz ''O destino/ Quis que/Nos perdêssemos/ Na mesma vida/ Na mesma vibe". Porque poesia chega em nós e nos transforma. :D
Obs2: Sempre quis fazer um poema tendo por inspiração o nome 'João', claramente porque 'Comentários a respeito de John' segue como uma das músicas da minha vida, desde muito antes do tempo ser tempo, nesta internet.
Mas faltava o ''quê'' que une a palavra ao poema.
Ouvi uma conversa,senti uma emoção. Não falta mais.
O mundo te engole, Nego, se tu te fizeres de tonto
Por isso, olha para um ponto e diz:
Eis aqui meus contornos.
Mas, ei, maninho, não fica velho de tanto azedar às novidades
Não se engessar no processo é preciso:
vive o bom da aceleração
Pega a liquidez e deixa de lado o limão:
hidrate-se das coisas boas...
A vida acontece e a gente acontece junto: é fato
O que discerne a palavra do teatro
É a ação, constituída dia a dia,
Acredita: o olho sabe bem o que vê...
E assim, trato de ser feliz todo dia
Guardo no peito a alegria singular
Que escorre entre as páginas de pedidos e goles de café
-pois, afinal, cada um bebe do 'ser quem se é' -
Mas a gente não precisa sentir tanto o alheio, não é mesmo?
Basta colher do próprio pomar
Sentir o aroma da vida
Acolher.
Abraçar.
E, no entremeado do cotidiano,
encontrar a magia
Pois é fato que tudo é
chegada, partida ou estadia
Então, guardo no peito as coisas bonitas
Esqueço à valer as maldades
- Bebo a vida
Entre goles de amazonas
Trocados de poesia
E respiro as simplicidades -
#
Ninguém é inteiramente feliz todo dia, a não ser se for criança. Mas a poesia falou com a criança que mora em mim e que ama as borboletas amarelas da estação...e tudo me deixou singularmente feliz.
Eu já não ouço o seu chamado As coisas vão, meu bem Fica o v ã o
- Interligação fora da área de serviço.
Ao fim, já não há 'eletricidade' a se gastar O tempo põe as coisas no lugar E eu sigo
- Cada vez mais leve.
A vida é breve, meu bem A gente merece viver dentro da nossa melhor versão Com as pessoas que acolhem e bem aquecem a nossa emoção Seguir a própria estrela é a melhor veste.
Eu já não ouço o seu chamado As coisas vão, meu bem Fica o v ã o
- Interligação fora da área de serviço.
* Terminei de ler recentemente o livro do Natanael dObaluae, chamado 'Vão', cujo conceito é diretamente relacionado, entre outras coisas, às emoções e aos 'espaços' entre elas. AMEI!
Que a gente faça esforço por se fazer perto de quem nos faz feliz e deixe espaço para a vida fazer sua arte, quando for o avesso.
Arrependimentos, fracassos, desejos não sucedidos:
Um fantasma é tudo aquilo que nunca foi dito
Sob o telhado de vidro, te faço um pedido:
"segure minhas mãos, enquanto caio"
Eu falho, tu falhas, nós falhamos.
Segure minhas mãos, enquanto conto os hematomas
Marcas de uso - cicatrizes, são histórias
"Você vê a casa, mas não sabe lê-las..."
- Eu não sei contá-las e não sei vivê-las...-
Foi só um sonho, foi só um sonho...um pesadelo!
"a jornada termina quando amantes se encontram"
Não existe desencontro, apenas desencantos
Um relógio parado desde antes...(desde antes!)
Casa infiltrada, somos água.
Vidas naufragadas, des/sincronismo
Nossos medos sabem do terror e estrago
Por isso, ao enfrentá-los:
Meu bem, cuidado.
"O perdão é quente como uma lágrima"
Deixe a casa morrer com seus fantasmas!
Arrependimentos, dúvidas naufragadas
"O amor é a perda da lógica "
-E tudo que fica-
"O resto é confete", a história continua
Um relógio parado desde antes, desde antes!
A casa se move, num engole-cospe vidas...
Não existem despedidas.
#
* Pode fazer sentido - ou não. Mas essa foi a MELHOR SÉRIE de terror que já vi, a coisa mais bem produzida e filosófica.
*Republicada de 21.10.2018.
* Este é um dos poemas mais acessados da história do 'aluanaodorme' e faz muito sentido dentro de mim.
FANTASMAS DA HILL:
"E tudo isso, a culpa, o luto, os segredos, os fantasmas, nesse momento...são apenas medo. E o medo é o abandono da lógica (...) Mas, ao que parece, o AMOR também. O amor é o abandono da lógica. O abandono voluntário dos padrões racionais. Nós cedemos a ele ou o combatemos. Mas não vivemos sem ele (...)Eu amei vocês. E vocês me amaram. Profundamente. O resto é...confete".
Senta aí, meu caro leitor, nesta mesa-de-poesia e prosa. Vamos prosear.Quero te fazer uma pergunta: Você já ouviu a linda canção de Renato Russo que diz:
"Vamos fazer um filme?"
Então. Confesso, todas as vezes que a vida me desafia,
assisto um catatal de filmes de amor! Pode ser dentro de um trabalho, de uma rotina, de um ideal ...enfim, essa é uma
característica que demorei um pouco a assimilar como minha. Tive historias hilárias por
isso: já fiz bloquinho de amigas para assistir em uma única noite: Love
History, Doce Novembro, o Diário de uma Paixão, Um amor para recordar e P.s: Eu te amo. Sim,
foram litros de lágrimas, pipoca e coca-cola. Um 'chororô monumental', digno de filme de comédia e válido
para o fim de uma era em mim, em meados de 2011.
Um grande amigo, certa vez que disse que tudo que rime com amor ou "Qualquer coisa, amor” é o titulo do filme da minha vida. Ri bastante na época,
porém reconheço que é a mais absoluta verdade.
Filmes de amor são bonitos: eles têm ‘rockinhos’ emocionantes, gente sonhadora
que passa por muitos problemas, alguns amores que brigam e separam, e vida! bonita e imperiosa, como deve ser. Realmente
gosto destes filminhos. Aprecio as coisas que envolvem as pessoas e seus pares,
as multiplicidades da paixão, que move montanhas, moinhos e a fé da gente.
Por outro lado, adoro comédia. Se for romântica, então! é que elas têm apenas um ou outro
draminha, sem nada muito dolorido. Gente que ri de si e de seus tropeços faz com que me sinta deliciosamente humana. Porque ah, se te falasse quantas vezes tropecei até mesmo em meus próprios ideais, rs...isso
sim seria uma tragédia.
O lado mais bacana de um filme de romance
ou de uma comédia romântica, é que eles terminam bem, as pessoas boas terminam
bem e os amores 'se acertam'.
Aí, dia desses, soube da separação de casal querido e pensei: ah, pena que a vida real não é igual esses filmes! Mas, então, tive
aquele pequeno insight: na verdade, é sim! Se ainda não teve um fim,
é porque estamos nós, na prateleira da vida, e Deus nos faz “rodar” em
nossos moinhos, para adequar nosso roteiro.
Sabe, como aquela frase clichê “se ainda
não deu certo, não é o fim”? então! É isso! Afinal, quer coisa mais clichê, que
“amor”? É a coisa e o sentimento mais
usual do planeta! Então...
Como boa sonhadora de roteiros felizes, eu
só posso dizer a você: Sim,sim e sim... vai acabar bem. E antes disso, vai ser bom também. <3 *Vai sim!
Pessoas correm, a vida às vezes assopra, noutras morde
Ponteiro, relógio: desperta-dor!
O estômago agita, outra vez, é hora do café...
Trump anuncia novas ogivas contra o Irã
Eu faço Poesia
Alguém retira o suor da irmã
- Eu, faço poesia
Quanta tolice, quanta perda: não há vence-dores!
O tempo leva, o tempo leva...
A vida ensina: isso é só vaidade
Bebo meu café e recito por dentro
Receitas de simplicidade.
#
"Cordeiro de Deus que tirai os pecados do mundo
Tende piedade de nós
Cordeiro de Deus que tirai os pecados do mundo
Dai-nos a paz...."
Bom diaaaaa. Esse blog deu um 'bummmm' de acessos nos últimos sete dias e muitos pedaços antigos de mim têm sido visitados...vou republicar aos poucos, mas fica aqui uma palavra: Gratidão!
E, enquanto Trump não anuncia outra grande vaidade, aliados a outras vaidades do cotidiano, sigamos o dia abraçados com a simplicidade. A vida cobra o preço do avesso, cobra sim....a conta chega. Mas, mesmo que não cobrasse...que a gente caminhe como quem sabe que vai prestar contas à poderosa força de amor e justiça do Universo.
São três da tarde e o relógio me diz que há milhões de afazeres na agenda, e que preciso ir para a vida, cumprir meus compromissos.
Ah! Debaixo de um sol que derrete a paisagem, vejo um quadro de Dali desenhar o chão do Equador.Ou, pinturas pincelas de cor e água, da pouca chuva que vez ou outra beija a paisagem, feito pintura de Galdin. Líquidos demais, no mês de junho. Não é muito animador.
A gente luta dolorosamente com o sol, aqui nestas bandas do Norte. Isso já dá um cansaço.
Longe de ufanismos, apesar disso, a paisagem brilhante é linda também.
As tardes meio molhadas perto do rio fazem um bem danado à emoção.
Mas são três da tarde e estou sonolenta e cansada.
De junho em diante, rego o jardim duas vezes ao dia. Ainda falta uma vez, hoje.
Vale o sacrifício. As plantas, vibrantes, me ajudam a viver.
Às vezes, viver é um baita desafio.
II Da aspereza do Cotidiano
A gente faz um p... esforço pra ser um bom ser humano: correr atrás dos sonhos sem passar por cima de ninguém. Correr para a vida e ser honesto dentro do trabalho e das emoções...e não revidar ao convite diário da cretinice. Um baita exercício de superação esse de tentar não revidar.
A gente tenta não reproduzir no mundo aquilo que nos fere. Cair. Errar. Às vezes, comete uma ou outra coisa fora da linha do ser humano que construímos... e aí, tem o desafio de não tornar isso um hábito.Reiniciar e viver na melhor das tentativas, mesmo quando ainda tem um montão de coisa para aprender...
Claro, as 24 horas que são minhas, não são as mesmas para ninguém. Cada um tem seu próprio peso e catarse, no meio do caminhar por este sol e pelas sombras da época.
Mas, decerto, uma ou outra tentativa se assemelham.
E ainda tem este ardente sol...
III Breves Inconclusões.
Apesar dos calos e do calor, minha alma não parece assim tão desgastada. Ainda hoje, lembrei como foi engraçado tentar empinar pipa. Que desastre.
Mas eu era boa em bolinhas de gude.
Vai ver, daqui a milhões de brisas, daquelas que sopram e levam embora o ardor, eu recorde de mim no hoje, com o mesmo olhar indulgente com o qual me visito, menina.
É que ainda tem muita estrada.E ainda são 15h...tem muito tempo.
E eu preciso me tratar bem - porque foi difícil e bonito chegar aqui...e também porque só assim, posso ser boa para meus amores e justa para conosco - o eu e o eles, que vivem comigo, no coração.
Por isso, água, protetor solar e coragem: Parece texto de Mary Schmich ou do Jabor, mas é apenas eu, indo pra lida. Afinal, entendo finalmente porque certas escritas são chamadas de 'ensaio': nada do que escrevo ou descrevo, é mais do que mera intenção.
O que eu sou, no cotidiano, acontece mesmo quando saio daqui, desde tímido barulho de teclado que compete mansamente com a cigarra insistente, do jardim...e dessa luz, que é quase uma metáfora para a vida: às vezes cega, mas é bonita de olhar.