segunda-feira, 22 de setembro de 2025

Ensaios sobre os dias comuns



- Entre goles de amazonas
 E uns trocados de poesia:

 Brinco de ser feliz todo dia, vida
Entre números do caminho e a próxima rima
Trago mais risos e doçuras
Do que seus avessos...

Mas bem que vivo ao contrário, quando preciso: 
Aprendi a dizer não à toda forma de desmedidas
O mundo te engole, Nego, se tu te fizeres de tonto
Por isso, olha para um ponto e diz: 

Eis aqui meus contornos.

Mas, ei, maninho, não fica velho de tanto azedar às novidades
Não se engessar no processo é preciso: 
vive o bom da aceleração
Pega a liquidez e deixa de lado o limão:

hidrate-se das coisas boas...

A vida acontece e a gente acontece junto: é fato
O que discerne a palavra do teatro
É a ação, constituída dia a dia,
Acredita: o olho sabe bem o que vê...

E assim, trato de ser feliz todo dia
Guardo no peito a alegria singular
Que escorre entre as páginas de pedidos e goles de café
-pois, afinal, cada um bebe do 'ser quem se é' -

Mas a gente não precisa sentir tanto o alheio, não é mesmo?
Basta colher do próprio pomar
Sentir o aroma da vida
Acolher.

Abraçar.

E, no entremeado do cotidiano, 
encontrar a magia
Pois é fato que tudo é
 chegada, partida ou estadia

Então, guardo no peito as coisas bonitas
Esqueço à valer as maldades 

- Bebo a vida
Entre goles de amazonas
 Trocados de poesia
E respiro as simplicidades 
 -

#


Ninguém é inteiramente feliz todo dia, a não ser se for criança. Mas a poesia falou com a criança que mora em mim e que ama as borboletas amarelas da estação...e tudo me deixou singularmente feliz.

Gratidão.

LUZ!





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