Entre vírgulas
A pausa pede espaço para ser:
Existir é perceber que o meio-do-caminho
Também é um bom lugar para se estar.
E quem está completo de verdade
Ainda existe, coração?
Ou viver é repousar nas coisas que já são
E trabalhar pelo que se ainda quer vivenciar?
Curtir o tempo do preparo, pois o jardim não nasce
Se não começar pelo plantio...
Preamar precisa da estofa
A tábua da maré regula mesmo é pela lua - e a lua, pelo sol
Tudo é farol: Somos interligados
Na caminhada, fazemos parte: Somos a própria estrada
O universo fala...
Então, repara: Repousa.
Dá-te tempo para apreciar bobices
Percebe a sorte das inúmeras possibilidades
Existir com tanta liberdade é uma bênção.
Todo mundo nasce assim: Nu e cheio de variáveis
Que podem comungar
Para algo qualquer chamado FELICIDADE
A depender das escolhas e progressos
E o processo, bem me ensinou um anjo loiro,
É perguntar: ''O que vamos amar hoje?''
E, entre pausas, caminhar.
E entre caminhadas, comungar
Com a bondade infinita d´Ele,
DEUS!
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Emprestei do meu anjo loiro a expressão: 'D´Ele, DEUS!", de um dos poemas que mais amei ler este ano (que é dela, claro)
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