Eu não
sou perfeita, não sei o ser.
Faz
parte, desde a planta do pé
Nasci
com ‘piso’ errado
Desde
então, vivo de senso contrário
Confesso:
Adoro tempo nublado...
Banho
de rio em tempo chuvoso
Vinho
gelado, gente maluca
Crônicas
anacrônicas
Initeligentes
poesias...
Gosto
de coisas inexplicáveis
E
pessoas improváveis
Não
saber, só viver:
Perceber
o desenho do destino conformar corações...
Das histórias da feira maluca
Da fé das velhinhas da igrejinha...dos ditos ditados de vó!
- Confesso: já sei falar biblioteca
Mas ''bliblioteca''' é bem melhor...
O
vício da imperfeição me alimenta
Ainda
não sei bem o que isso que dizer:
Da
perfeição, só conheço algo:
O
amor de Deus...
Mas
recebi teu poema torto, Anjo.
Por uma vírgula de tempo não me apaixonei por ti: achei lindo!
Também
sou fraca para elogios, sabe, Manoel?
Vejo como
é bela a palavra 'imbecil'.
E
digo outra: Boboca.
Como
é bonito ser boboca
Uma
pessoa abestalhada
Sem
malícias para a vida...
Dito
isso, encerro agora:
Inconclusivamente
e de olhos marejados
Também
sou fraca para poesias assim:
Tão
cheias de coisas que importam para mim...
#
De dialogar com a poesia de Manoel de Barros, "Tratado Geral das Grandezas do Ínfimo".
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