terça-feira, 16 de julho de 2019

Breve síntese do Agora - II




Não sei quantos sonhos ainda vou sonhar
Mas, sei que é tão belo esse luar
A lua nunca é igual,
Nem o tempo que vem e que foi...

Sei que ainda faço poemas
Quando estou triste ou quando falo de amor
E que, algumas coisas, como uma boa conversa sobre uma canção
Ainda aquecem fundo e doce a emoção...

O mundo não me tornou dura,
Pelo contrário –eu, liquidez, torno doce a vida que toco,
Mas também sei salgar a carne cortada,
Pois dizem que assim, bem profundo,
Se sara a ferida – e recomeça a jornada.

Já morri dentro de mim.
Renasci, porque insisto em viver...
Eu sonho tanto e tanto ainda há para se sonhar!
Nunca é o mesmo luar...

Nunca é igual
Hoje,  já não sei se existe mesmo um ‘roteiro’
Um mágico ponto de ‘chegada’,
Ou...talvez, o que exista seja eu, o luar e a estrada.

e está tudo bem, pois, depois de toda dor
Fiz as pazes com a vida
E eu estou mais mansa e ainda mais capaz de amar
Pois dizem que é do mais bonito da vida

é  ‘sarar’...

Faço o bem...mas não me torno escrava de um ideal
A vida real foge a dualidades
Deixei de tentar provar as asas do meu voo
Longe de vazios conceitos - Hoje apenas sou -

E eu ainda tenho amor p´ra dar...
Melhor e ainda mais macio
Pois, na sabedoria mais antiga
Nunca somos os mesmos,

“Nunca é o mesmo rio”

As pessoas que amo, levo...na bagagem da emoção
Umas, correm comigo para o mesmo destino
Outras seguem seu próprio ritmo
Sei lá...já disse o poeta:

“A vida tem sempre razão”

 #

*Para a Jaci do Futuro: "A minha ternura não ficou na estrada, não ficou no tempo, presa na poeira" ...e este é o melhor que envio para ti: Uma vida e uma 'eu' interessada em ser melhor a cada passo.

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