Entre o
crime e o afago
O socorro e
o pecado
Quem saberá
dizer
Dos erros e
virtudes
Qual o
nosso maior fardo?
Quem saiu
do labirinto do sentir
Intocado pelo absurdo?
E nunca
bebeu suas lágrimas
O sabor
doce da saliva amada
E falou
de amor sem sentir dor
ou mágoa?
Quem ultrapassou a linha da virtude
E se sentiu
devasso e impuro
Indigno do
mais terno olhar?
E descobriu a
própria maldade
Seu egoísmo
e fragilidade
Tudo em nome
do amor…
Quem já se
sentiu pleno e perfeito
Depois de
enlouquecer de paixão?
E jamais
errou a dose e a medida
E não fez da
loucura
Sua forma de pedir perdão?
E,
depois das vestes de rei
Não mereceu
as de um mendigo,
E até correu
perigo...
Quem jamais
sentiu na carne o corte
Da própria
humana fragilidade
E pediu ao
doce senhor dos céus piedade?
A linha
entre o belo e o bizarro
Está na
minha e na tua mão
Cada um tece
suas próprias vestes
Pecados,
suores, amores
E oração…!
Da releitura de"Crime e Castigo", uma brincadeira proposta entre amigas e sentir novamente as dores e os sentimentos do bêbado Marméladov, ao falar em Cristo...
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