Talvez seja só uma fase. Ou uma insônia.
Mas, esse já foi o meu grande sonho: matar essa lua que não
dorme, ser mais polida, discreta, amena e funcional.
Quem sabe? (Quando dos livros só me restarem a estante e não a ávida curiosidade por ler e reler tudo que me achega, quem sabe¿ Quando não me
emocionar mais com uma canção nova, com gente inteira, com a desgraça ou
esplendor alheio...)
Tudo parece tão clichê: O tal museu de grandes novidades, do
Cazuza.
A geração anestesiada.
O tédio habitual da rotina amorfa dos dias – algo que tenho
pouco, pois mais me parece coisa de mentes preguiçosas.
Então, vontade de escrever algo maneiro:
Co
Xi
Nha
Nhac!
Engulo uma em plena madrugada, enquanto penso no colesterol e todas aquelas
coisas que ameaçam matar de morte matada, enquanto planejo fugir! Isso mesmo-
fugir! Para Pasárgada. Céu ou taverna dos poetas.
Queria escrever que eu não sou daqui, que meu sorriso é
sincero embora cínico e umas tantas outras verdades que já foram escritas e não
precisam de outras para se bastar. Não preciso nem mesmo do esforço do pensar, para isso: Geniais, esses caras que nasceram antes de mim. Eles tiveram
a esperteza de nascer antes, puderam
escrever sem serem atacados pela obviedade.
O mundo esta óbvio demais. E reclamar dessa obviedade, tanto
quanto.
Cheio de gente purista ou moderna,
Nude ou démodé,
Machista ou feminista,
Luz ou escuridão...
Preguiça mental de tanta dualidade.
Pirados,humanos tão adulterados quanto gasolina: álcool,tabaco,
fluoxetina.
Há tempos,joguei todas as pílulas na privada e
decidi sentir e respeitar meu corpo. Até torcicolo. Matei a hipocondríaca que
me habita.
Ignorei a doença da modernidade, que quer liquidificar sentimentos em substâncias. E nessa de sumir com umas e outras de mim, ainda faltam a psicopata, a dramática, a palhaça, a pudica,
a sonhadora, a redatora, a poeta, a feiticeira, a menininha, a otimista inconteste...
Ah, falta muita gente.
E falta essa lua que não dorme e se recusa a me deixar
dormir, vez ou outra. Nem sempre fã de originalidade, ela gosta das palavras sempre ditas. E escritas. A exemplo de "Te amo": ô coisinha mais repetida no disco riscado da humanidade! Tanta gente já escreveu, 'poemou', cantou, pirou, aportou e profanou!
Mas, não 'tô' de insônia criativa ou reflexiva, então, vou apelar: encerrar este texto com um sonoro NÃO: Como Frejat, nada de "te amo".
E como Drummond: “Hoje
não escrevo”.
(Vivas a Drummond e Frejat
Enquanto sinto o ócio de existir! o/)
Oi Jaci,
ResponderExcluirFiquei feliz de te ver no meu blog =)
Quanto ao texto,confesso que também acho um saco essa coisa das pessoas serem radicais demais e defenderem suas opiniões de um jeito que beira o irracional.Hoje em dia é todo mundo tão dono de tudo e tão cheio de milhares de verdades que nós que queremos falar de simplicidade nos sentimos meio perdidos.
Eu não tenho que estar aqui ou ali e odiar quem não faz parte disso,só quero ser eu mesma,com dúvidas,o que sei e o que não sei,e tudo bem.
Abraço =)