sexta-feira, 17 de janeiro de 2025

Reminiscências do Eu, que passo




Reminiscências do Eu, que passo:

Acho que já vi este rosto
Uma versão um pouco diferente
Alguém que já ri e amei
Em um outro espaço-tempo e moldura

Acho que já vi esta rua - a vida é tão anacrônica!
Esta esquina já teve flores
Nelas morava dona Florência
Que entre flor e essência já virou até crônica!

A gente tenta prender o tão precioso segundo
E vibra quando vive um deja´vu
Quando encontra um amigo de quem sente saudades
Nas dobraduras de um livro

Quando ouve nitidamente o som de seu riso...

Parece tão normal o mágico poder 
De tudo que acontece no dia a dia - a vida é sina!
Penso tão assustada nisso
Quando vejo o puro olhar in blue da minha menina...

Brindemos o agora: realmente!
O calor e o afeto de tudo que o peito sente
Porque a vida passa, o tempo vai - e vamos com ele!
Virar outra coisa dentro daquilo que já fomos 

Depois de divagar a respeito
Senti saudades de falar com meu velho
Sobre a arte da honestidade e o poder do belo
Coisas que fazem parte do que fui para encontrar o 'adiante'

Afinal, não é o tempo que passa
Sou  eu quem vou, no instante.

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