terça-feira, 9 de maio de 2023

Prece



Desaprendi de rezar
Quando escrevi o primeiro poema 
Tinha cinco anos e fui tocada 
Pelo burburinho do Rio.

Nós, filhos do tempo equatorial
Falamos com estrelas ,o uivo do vento
A chuva e o céu coalhado de cinza
Dos Dezembros...

Confesso, hoje sei poucas rimas
Daquelas que aprendi  na infância.
As canções me tocam mais,
Feito o abraço de papai...

Então, quando quero falar com Deus
Estendo a emoção para o céu!
Agradeço as coisas pequenas,  cotidianas 
E deixo em suas mãos amáveis mãos o futuro...

Não advogo a exatidão de meus sonhos.
Quem sou eu para duvidar de v. Infinita bondade? 
Apenas peço  perdão pelo eterno desassossego 
E até, quiçá, por sentir medo...

Agradeço a honraria da existência, 
Por meus amores, pequenas estrelas 
No céu do mistério-existência 
E assim...sigo em paz

 Cheia de sua Presença!

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