- Do antes -
Nada quero
Do antes...daqui.
Meus dedos são o que são
Meus calos, minhas mãos
O louco coração
Ah! Revoar da emoção...
Do antes - Guardo só o que é belo
Pois, em essência, somos efêmeros
- o tempo, o verbo, o corpo -
Precário no precário:
Simbólico e singelo relicário.
- Do Agora -
Quero da vida mergulhar no agora
embebedar os sentidos
As flores dessa aurora!
Teu cheiro, essa manhã...
Também, o que virá
Mas sem pressa,
Pois a vida acontecerá
E esta é a beleza do tempo
- Somos verbos inter espaciais, que entrecruzam e movimentam...-
Por isso, vivo.
Não quero nada além do que este dia,
Borboletas amarelas, céu azul
Singelas alegrias...
Teu gosto, moço,
meu doce preferido
E o tempo, verbo no presente
Perfeitamente colhido.
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Porque tudo que somos é: relicário de tempo passado e certeza de vida - bem viva - no tempo presente. E isso é mágico e transcendental.
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