Encontro com o caos:
Amar é desvencilhar-se do cais
Sair, quase que à deriva,
A navegar as águas de outro alguém...
é, amar é convite ao precipício:
antes que a gente se dê conta,
está à procura de sinais
Um riso, uma boa correnteza
a emoção é alimentada de sutilezas...
Coisas feitas de cheiro e de sabor
E das cores do existir
De tudo que é tão nosso: verso!
e do avesso, do avesso...!
Por isso, às vezes,
Mais que navegar: naufragar é preciso.
E a gente fica, indefeso
Pela falta de um roteiro,
Mas no entremeio,
Pequenos faróis indicam a direção...
(Um cheiro, uma canção...)
e a gente naufraga
Porque precisa abandonar
o barco, a vela, e o medo
e se entregar ao mar...
Da paixão, e das tantas possibilidades!
Por isso, para amar - de verdade -
Naufragar é preciso.
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