sexta-feira, 20 de julho de 2018

Sobre a Chegada.


"Eu me lembro muito bem, do dia em que eu cheguei...”
Há oito anos esse lugar nasceu, dentro do meu coração. Alguns meses depois, comecei a publicar. Há quatro anos atrás comecei a me dar conta do que foi criar minha lua que não dorme e a grande alegria que foi nascer dentro deste blog, depois de anos – e muito papel – guardados na gaveta. Foi em um texto intitulado “Manjericão”.
Nele rememoro que, quando criei o 'aluanaodorme', desenhei suas bordas com pedaços nus da minha emoção...é um espaço de sonhos, mas também de crescimento, porque confesso que só mantenho meus os escritos dos anos de 2010 – 2013 para lembrar que a evolução acontece no dia a dia (risos).
Evolução da poesia. Evolução da poeta.
Logo depois de tomar coragem e publicar ,fora dos rascunhos , maninha criou o "madrugadas de outono''. Então, brincamos muito de palavras e imagens e desse jeito de se comunicar, para nós uma novidade, pois sempre tivemos livros e diários para rabiscar, em um tempo onde computador nem existia assim, de modo acessível às famílias.
Algumas vezes, tive vergonha deste espaço. Achava que era como convidar alguém para entrar na minha casa, dentro da minha alma. Em outras, até falei,mas calei...é, agora  escrevo, brinco de 'poemar', divago, para mim e para ti, que precisa de palavras doces dentro de um mundo onde há tanta dureza. É duro e também leve existir.
No texto em que rememoro essa antiga paixão chamada escrever, fiz uma descrição comparativa em relação a um Manjericão, que nasce n´água e também na terra.É que criar raiz é coisa mesmo de quem sabe que existir  força e transformação!
Criei raiz e também asas por aqui, felizmente. Ainda penso muito nestes textos, de tanto tempo e no quanto permaneço múltipla e transbordante! Ainda rimo com chuva, com o Amazonas, com a natureza – apelido de infância, que ainda hoje, tanto me doa e também ensina.

Confesso que às vezes a lua dorme e gosto disso. É quando estou mais plácida e a filosofia da vida não me bate à porta e requer que eu faça questionamentos sobre todos os porquês de existir, alguns sem resposta...parece que, nessas épocas,estou mais bicho, mais em paz com o barulho da cidade e com o canto do bem-te-vi.

Gosto também quando  acorda. Tudo ganha muitas formas de enxergar, os multiversos pedem espaço, carinho, e nascem, borbulhantes, entre meus dedos. Parir um poema é parir um pouco de mim que precisa de acalanto. Compartilhar contigo que me lê é deixar que tu se embales comigo na ‘dor e delícia’ de existir. 

O certo é que hoje, preciso dela...como de ar, de plantas, de amor e de luz. Sei que muitas vezes fui salva pela escrita e espero que tenha ajudado alguns corações que a leem, também. Fazem oito anos e parece que foi ontem. Mas eu carrego comigo todas as menininhas ruivas que chegaram aqui, timidamente, com toda fé e vontade de viver, descobrir a vida, por meio das palavras...e revolucionar a si!

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