Chuva!
Só no meu quintal
Era novembro no Equador...
e eu me lembro de você
com a mangueira, brincar de fazer chover,
só para eu correr entre as plantas da terra,
Quanta quimera!
- eu só queria um dia a mais...
Na casinha da árvore no abacateiro
onde cozinhei e brinquei primeiro
ah! como eu queria agradecer...
Mas 2003 passou
e eu fui, junto com ele, pai
Na nossa eternidade de dias contados
teve risos, briga, rebeldia
- e um amor bonito e raro.
Mas 2003 passou, paissarinho,
e eu passei com ele, mesmo sem querer
ainda converso contigo, perto do rio
e te mando mensagens ao amanhecer...
E eu me lembro de você
e sei que a gente se revê em alguma paralela de rio
quando, distraída na minha estrada
a minha canoa encostar na tua jornada...
E eu me lembro de você
toda vez que chove em pleno novembro
ou quando, num dia qualquer,
um beija-flor senta em minha janela
Como quem repousa só um pouquinho
pra depois voar...
#
Onde quer que estejas,
receba o meu amor.
Voa, paissarinho...
" Só enquanto eu respirar
Vou me lembrar de você..."
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