quinta-feira, 9 de fevereiro de 2017

Depois do depois




Depois da última gota,
Da última lágrima,
O rio secou.
E um riso manso nasceu
No limiar da dor…

Para contar que a flor
Que nasceu na beira da calçada
Tem a beleza teimosa
Do universo
Que em um simples verso
Se refaz…

E que a vida  cicatriza
Empurra as marés 
Dá sinais…
Pouco a pouco sopra os ventos
E  guia os barcos para o cais…

Que é lugar de calor e riso!
Encontro e imensidão.
E, se viver é um  perigo
É também poesia incompleta
Onde uma inexplicável rima aguarda
Ser  mil vezes descoberta…#

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