Depois da última gota,
Da última lágrima,
O rio secou.
E um riso manso nasceu
No limiar da dor…
Para contar que a flor
Que nasceu na beira da calçada
Tem a beleza teimosa
Do universo
Que em um simples verso
Se refaz…
E que a vida cicatriza
Empurra as marés
Dá sinais…
Pouco a pouco sopra os ventos
E guia os barcos para o cais…
Que é lugar de calor e riso!
Encontro e imensidão.
E, se viver é um perigo
É também poesia incompleta
Onde uma inexplicável rima aguarda
Ser mil vezes descoberta…#
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