quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

"Em defesa dos amores desencontrados”

Eram dez para as três de uma tarde quente de verão quando ele passou por ela pela passarela de pedestre. O cheiro dos cabelos castanhos e cacheados lhe golpeou os sentidos e ele estacou, em pleno cruzamento, com o sinal abrindo, para olhar para o seu rosto, na esperança de que ela, tomada pela mesma emoção,virasse e lhe mostrasse a face.
Ela não olhou.
Ele , por uma fração de segundo, pensou em seguir aquele perfume inebriante que lhe deixara tonto...mas a buzina de um insensível ao que lhe acontecera o despertou.
Ela tomou a outra faixa, atravessou a rua transversal, e sumiu, na esquina à frente. Ele nunca conheceu o rosto daquela que lhe despertara os instintos mais doces e primitivos.
Ele a chamou de “rosa”, pelo perfume familiar da flor, e por um algo na delicadeza como andava.
Ela nunca o chamou de nada.
Mesmo assim eles tiveram uma história #

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