De quando choro na poltrona marrom
De quanto cresço olhando aquele horrível quadro abstrato
Minhas sombras e luz...
De quanto aprendo e reaprendo de mim
Eu, que quando rio,
Desaguo.
E quando choro,
Tempestade
Eu, essa calma busca pela loucura
De me ser em paz...
De quanta tinta e água se forma um ser?
Batom, lágrima, lápis...contorno existencial!
A gente desenha nossos horizontes todo dia
Nesse ensaio sobre a vida real...
Mas, não existe ensaios
É tudo cru: carne, sangue de verdade
Vida que desenha e redesenha
De acordo com quem somos e acolhemos ser...
Entre os risos de existir, um sabor
Saber e ser: é coisa muito louca, Senhor
Reconhecer meu espaço, meu valor, meu traço
Sem desmerecer ninguém...
Enxergar a vida como ela é
Entregar à Deus o que tem de ser
Realizar com calma, avançar espaços
Dar adeus, não guardar nada, não adoecer na piração alheia
Lembrar que cada um, ao fim
Come de sua própria ceia.
E nesse 'por enquanto'
Fazer poemas, tecer boas amizades!
Reconhecer, na fina tez do dia,
Com quem e com o que queremos viver
Fazer valer. Acontecer.
Sorrir, amar, viver o dia!
Partilhar afeto...leveza, bondade e poesia.
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