segunda-feira, 5 de junho de 2023

(Conversa) De Contar Estrelas


 Eu, que já não 'atiro tanto'
Eu, que já caminho calma
Eu, que fico poesia
Ouço a ventania  e embalo à luz de uma lua calma...

Eu, que aprecio o balançar da nossa rede,
A nossa paz, a 'nossa alma'
Longe de fórmulas prontas e coisas pré-vistas
pré-textos, pró-gramas

 - Amores ou coisas repetidas -

Eu, que já encaminho o dia
Dou passos mansos até a noite chegar...
E que nunca fui fã de ouvir cantigas
Paro meu verbo pra te ouvir cantar

Parece até que já não é só sobre o tu e o eu
Mas como chegamos um ao cais do outro
Travessias desencontradas, quase nos perdemos
De tanta maré cheia, gente e neblina

- Mesmo o melhor marinheiro acaba enlouquecendo-

Que bom que 'nos' acontecemos
Assim, hoje, agora
Quando sou tão melhor para mim
Quero tanto te contar dos infinitos

Das estrelas cadentes, das luas acesas às madrugadas
e ouvir tua voz narrar a tua jornada...
Felicidade simples, que a gente nem projeta
Só sente, respira macio...e vive.

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