quinta-feira, 17 de dezembro de 2020

Mágica e métrica

 



Desde criança, olho o céu
Vejo na vida a beleza da magia
sempre soube que as nuvens não eram de algodão!
Mesmo assim, a cada dia,
 
Inspiro e sinto o gosto adocicado do céu
Do azul entremeado às pequenas alegrias...
 
Sou assim: realidade, clareza
Permeada da luz do lado bom
Sem esquecer a própria escuridão
Afinal, somos imperfeitas dualidades:

Cristais que exalam a luz que recebem
E acolhem (im)próprias tempestades...
 
Agradeço, não esqueço
De reverenciar a maré, a cor do sol quando vai
Pequenos elos de delicadeza
Entre nós, o criador e a tarde que cai...
 
Confesso:
 
Acho que há um pote de mel
Depois do arco-íris
Afinal, que graça teria?
Não pensar, sonhar e ver 

O leve colorido dos dias...
 
A vida sem a arte do belo
Seria apenas encontro com a brutalidade
- E desta deselegância do existir, 
é preciso bem se proteger –

Sem fazer disto a própria realidade:
  eis a mágica e a métrica de ‘ser’.

Ainda acredito em fadas,
Em bruxas, em duendes
Na força poderosa da palavra
No elo sagrado de ser gente...
 
Também não desacredito no avesso:
Paralelas...desencantos e desencontros
Mas, ainda mais, na reza do poeta
Que diz que a vida  ‘é a arte do encontro’.

#


Luz!!!

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