quarta-feira, 25 de março de 2020

Amor em tempos de Corona


As mãos que enlaçam 
São as mesmas que remam 
Vento contra ou a favor
Amor é isso: troca voluntária de afeto
Tempo bom ou ruim, auxílio certo.



Mãos que levantam e ajudam
Pois chegou o tempo do absurdo
A realista visão surreal dos filmes de ficção
Terror mundial, vírus, o dia a dia: Alucinação.



...E o pulso, já disse o poeta, ainda pulsa...





Ainda é de fogo, no peito, o calor da emoção
É preciso coragem para suportar o verso
Pois amor não é substantivo:
É verbo pleno, livre, em ação.



É tempo em que amar é estar longe
Sofrer de lonjura...e lutar para um dia rever
Pois, o sonho de ontem ainda alcança, aquece
E aquele botão ainda quer florescer.



Por isso, que a minha mão guarde lembrança
Das mãos, dos beijos e dos laços
E que cada gesto meu seja para proteger 
Quem quero que caiba -  - ainda que na próxima estação-
Bem dentro de um forte abraço.


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