Poesia, Filosofia de boteco, Observações do Cotidiano e o que mais vier p´ro mundo da lua! ;)
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CONSIDERAÇÕES SOBRE O BLOG :1 - Viva a liberdade poética e a proteção aos direitos autorais!Toda vez que posto algo,indico autor. Se não o faço, é porque é a autora quem vos posta.2) Imagens? -Dr.Google. Exceções? Indico autoria. 2) -Poemas,velhos caducos que falam de tudo.NEM SEMPRE FALAM DO QUE SINTO! ... ***quem dera...***
Eu não me perderia por nada, meu bem Esse muito muito doido ainda não me ofereceu valor A gente se modela ao sabor do tempo, é bem verdade Mas ainda não houve vaidade Que pagasse o preço do meu pescoço ao travesseiro - Digo e sigo.
E eu durmo cada vez melhor e acordo ainda mais desperta à vontade de ser assim: não recoberta em cera Tola por ainda gritar de surpresa Pela torpeza alheia ou nas páginas de um livro Esse mundo é muito doido, meu bem E eu?...apenas sigo.
Diluir...diluir...até transmutar Nesse espaço que aprendeu que a carne vale Talvez transgressor seja quem ainda sonha Pois o peso do vil metal que assola Aprendeu a apagar na fina dose de um bom comprido... E eu? apenas sigo.
Cest´la vie! exatamente como ela é !- Diria Veríssimo. Mas, apesar disso...resisto: Ainda olho o céu e converso com Deus Freio para borboletas e caminho aos fins de tarde Num tempo onde a vida já não arde, repouso mais...
e apenas sigo.
E eu... sou de fácil afeição Simples de perceber boa emoção pronta para (a)colher, estendo a mão Com o coração em paz e já capaz de entender o ininteligível Sigo cada vez melhor porque eu sei que sou Algo parecido com o que sempre sonhei ser...
Essa é uma retrospectiva atrasada, pois a lua que não dorme, como sempre disse, é lerdinha, dona de um tempo (im)próprio, que urge ou posterga, age ou procrastina, enfim. E começa com uma frase simples, mas que resume a extrema gratidão por 2024, certamente um dos anos mais transformadores da minha trajetória:
2024, MUITO OBRIGADA!
Em 2024 eu SONHEI ALTO, por um projeto iniciado em 2022, uma lembrança de que "a abelha fazendo o mel vale o tempo que não voou..."e o vi ser concluído, apesar dos joelhos ralados, do tempo cansado, que parecia nem querer mover.
Nesse interim, sonhei um sonho dentro de outro sonho e, mesmo maior que minhas pequenas pernas - que dizem mais verdades do que muitas 'pernas longas' - , apostei nas improbabilidades, confiei em Deus mais do que Sempre, perguntei, falei com os céus, confiei nos instintos e agi.
E foi assim, que no meio da maior piração, essa blogueira de madrugadas concluiu seu sonhado mestrado em Direitos Humanos, passou em um concurso sonhado e deveria descansar, mas inquieta que é, e também pelas circunstâncias, decidiu antecipar um pouquinho as esferas da palavra PROGRESSO e iniciou como professora de Direitos Humanos em uma Instituição de Ensino Superior.
Também houveram progressos enormes na escolinha da vida, onde finalmente passei de um ano ou etapa que careciam da minha atenção. É certo que a escola da vida não é fácil para ninguém, então em 2024 eu lidei com a crueza dos temperamentos humanos e tive de alinhar minhas expectativas à realidade, ou, 'a vida como ela é': um brinde às coisas frágeis!
Das nossas fragilidades nascem a nossa força e com isso aprendi que se eu der ao mentiroso a força de acreditar em suas lorotas, nem sempre intencionais - mas sempre oportunas - a chance de pirar de um jeito ruim é sempre alta. Afinal, o mentiroso quer algum tipo de benefício, nem que seja o controle sobre a sua mentalidade - para eventualidades no presente ou do futuro. Aliás, essa é a tática do sistema. Demorei, eu sei. Sei que tudo que escrevi aqui ou já faz parte do seu repertório pessoal ou está na caminhada dessa percepção. Mas todos estamos na MATRIX. Não é fácil para ninguém, ainda que de formas diferentes.
Mas dessa demorada percepção, surgiu um delicado efeito transformador: eu me dei as mãos. Me acalentei e me tornei meu próprio e feliz lar e decidi racionalizar o grande verbo: amo sim, perdoo (isso também me faz bem), mas ALINHO minhas expectativas à realidade e deixo a cada um a herança de suas próprias escolhas. Com clareza. Com honestidade.
Em 2024 percebi que o mal voluntário que me fazem, na verdade, volta-se para meu bem: Afinal, sinceramente uma pessoa tem que ser muito idiota para perder o tipo de gente que mora na pele que habito. E assim, qualquer tipo de maldade direcionada transmutou-se em um raro amor próprio e em um tipo especial de paciência para com todos. Afinal, todo mundo é 'o que pode ser'. Nem por isso a gente se vicia na ausência de virtude, não é?
Também entendi o poder da reciprocidade, pois é verdade que gratidão importa demais, demais mesmo. Mas não pode virar uma arma contra a cabeça de ninguém. Afinal, se não me forem gratos também, que poderei eu fazer? A reciprocidade, queridos, é uma virtude. Mas nem todo mundo a pratica.
De outro modo entendi que eu não posso e não devo aplicar a lógica do revide, mas que se o fizer...ah, não estou aqui pintada de santa (rs). E eu também falhei e me permiti falhar. Depois me senti tão velha e cansada para esse mundo de 'novidades'...mas então olhei no espelho, percebi que nunca nem renovei a CNH e que tenho um coração que não é zero bala, mas que mais acaricia do que bate, afinal. Também me senti muito boba por todo o tempo passado, por ter feito opções que não me protegiam, por ter demorado a perceber... mas lembrei que, como já disse Lispector:
" Ser bobo oferece um mundo de saída porque os espertos só se lembram de sair por meio da esperteza e o bobo tem originalidade: espontaneamente lhe vem a ideia (...) só um bobo pode cair de amor..."
E de aceitar essa doidice chamada existir, em 2024 eu RI MUITO, muito. Fiz aulas de dança, escrevi uns bons poemas, bati longos papos com amigos queridos, li livros novos, ganhei densidade, flutuei em levezas e abri mão de certos pesos. Sigo assim, em pleno 2025...agitada e sonolenta, porque sou lerdinha... entendi algo fabuloso, bom mesmo na lerdeza desta 'velha boba': sigo cada vez mais tranquila por dentro e durmo bem porque gosto de ser quem sou...