Poesia, Filosofia de boteco, Observações do Cotidiano e o que mais vier p´ro mundo da lua! ;)
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CONSIDERAÇÕES SOBRE O BLOG :1 - Viva a liberdade poética e a proteção aos direitos autorais!Toda vez que posto algo,indico autor. Se não o faço, é porque é a autora quem vos posta.2) Imagens? -Dr.Google. Exceções? Indico autoria. 2) -Poemas,velhos caducos que falam de tudo.NEM SEMPRE FALAM DO QUE SINTO! ... ***quem dera...***
Arrependimentos, fracassos, desejos não sucedidos:
Um fantasma é tudo aquilo que nunca foi dito
Sob o telhado de vidro, te faço um pedido:
"segure minhas mãos, enquanto caio"
Eu falho, tu falhas, nós falhamos.
Segure minhas mãos, enquanto conto os hematomas
Marcas de uso - cicatrizes, são histórias
"Você vê a casa, mas não sabe lê-las..."
- Eu não sei contá-las e não sei vivê-las...-
Foi só um sonho, foi só um sonho...um pesadelo!
"a jornada termina quando amantes se encontram"
Não existe desencontro, apenas desencantos
Um relógio parado desde antes...(desde antes!)
Casa infiltrada, somos água.
Vidas naufragadas, des/sincronismo
Nossos medos sabem do terror e estrago
Por isso, ao enfrentá-los:
Meu bem, cuidado.
"O perdão é quente como uma lágrima"
Deixe a casa morrer com seus fantasmas!
Arrependimentos, dúvidas naufragadas
"O amor é a perda da lógica "
-E tudo que fica-
"O resto é confete", a história continua
Um relógio parado desde antes, desde antes!
A casa se move, num engole-cospe vidas...
Não existem despedidas.
#
* Pode fazer sentido - ou não. Mas essa foi a MELHOR SÉRIE de terror que já vi, a coisa mais bem produzida e filosófica.
*Republicada de 21.10.2018. Porque ainda faz muito sentido.
FANTASMAS DA HILL:
"E tudo isso, a culpa, o luto, os segredos, os fantasmas, nesse momento...são apenas medo. E o medo é o abandono da lógica (...) Mas, ao que parece, o AMOR também. O amor é o abandono da lógica. O abandono voluntário dos padrões racionais. Nós cedemos a ele ou o combatemos. Mas não vivemos sem ele". "Eu amei vocês. E vocês me amaram. Profundamente. O resto é...confete".
Para que os maus cantos não ofendam o meu espírito
E bons versos se alojem em cada canto
Consagro a ti o som que me rodeia...
Põe sobre meus lábios teu manto
Para que eu não profira o que não te agrade
E somente verbos e versos de paz sejam ditos
Consagro a ti o dom de clamar...
E assim, com tudo que posso sentir e alcançar,
Meus pés, mente e coração
Caminhem para te encontrar
Como a filha que senta em teu colo
E põe flores sob o teu altar.
#
Essa música é uma perfeita oração. E dela, surgiu meu próprio jeito de consagrar à Maria-Mãe o meu pensar, o meu falar e o meu agir. Que a gente possa sempre se espelhar no melhor.
No laudo técnico da polícia intergaláctica de infinitos
Frequentemente me chega uma intimação
Presto contas com o Universo
- Justo eu, tão ruim em matemática e verbos mudos-
Sempre compareço, ajusto pontos
Meus erros, acertos e ajustes...
É, não sou perfeita.
Ainda não tenho o manual de instrução
Que delícia ter erros para espelhar!
Ser gente real,
E ainda assim,
Ter amor para ser, partilhar, receber e estar.
Laços fixos que me dizem o poder desse imperioso Universo
Onde mais que ‘estátuas de perfeição’
Somos elos diversos, complexos.
Cheios de múltiplos aprendizados - vendas ou lupas de auto-observação
E, por outro lado...
Quem olha para o outro e aponta sua própria suposta virtude
Em detrimento do outro - humano ‘o defeito’
Deixa de se propor ao devido ‘padrão de referência’
E, assim, apequena suas possibilidades
Desvia o olhar de ter contato com sua própria substância - divindade.
Essa ‘quebra’ de padrão gera resultados diversos
Laudos imperfeitos e resultados questionáveis
Impossíveis de analisar a interação - ‘perfeita rima’
De um vício ou virtude – nossa humana matéria-prima.
Diz a poesia, a beleza, a arte:
Que nosso olhar vire sempre para o infinito
Esse misterioso lugar a alcançar (Algum dia, quiçá_)
E o que há de belo, místico, poderoso e bonito.
#
*Essa semana tive contato em meu trabalho com o conceito de ‘Padrão de Referência” e sua profunda interferência sob desde conceito na interação interdisciplinar Química/Direito. Isso me trouxe muitas reflexões. Fui explicada porque, partindo de um padrão equivocado, se pode chegar a más perícias, ou seja, maus resultados (Matemática, química e parâmetros puros que impactam diretamente sob a aplicação do direito). Curiosamente, foi uma semana intensa dessa nova perspectiva e essa palavra não tinha como passar em branco.
quinta-feira, 17 de junho de 2021
O que eu quero dizer está engatado:
Perdão, anjo
Hoje não te fiz um poema
Deposito meus aleatórios pensamentos...
Parece que não sei dizer o que me vem
Coloco essa vontade muda ao seu dispor
Espero que as mal traçadas linhas do silêncio
Possam nos compor...
- Mas sei, mesmos as sinfonias
Quebram a estática com o instrumental...-
É que tenho medo que as palavras
Tão inexatas
Não consigam te explicar ao certo
E a poesia que dança no peito
Faço do silêncio o meu melhor jeito.
É difícil ser tão demasiadamente humana
Sentir todas as ansiedades de parir uma emoção
e não depositar no outro essa sede
Esse desalinho, essa ausência de chão
Viver não dói, disse Cazuza
Mas é fato que move, incomoda
é preciso coragem
Pra não perder o verbo e a prosa.
E apesar de saber que eu quero dizer está engatado:
E como penso em ti quando é dia de lua
crescente ou cheia
Não me perca antes de me encontrar.
Que somos efemeridade
E é tão raro...sentir
Sentir! Mesmo.
No gesto e gosto... um elo se formar
Ou me perca de uma vez
Que é p´ra eu me procurar...
#
Só uma pequena licença poética. Na vida real, nenhum bom encontro, faz a gente se perder de si. E isso que é lindo e faz bem...
E eu estou feliz, queridos desse blog...pois uma lua que dormiu por um (bom) tempo, reaprendeu a mexer nessa plataforma e agora está de volta para brincar com poesia, imagem e som...:)
Eu quero a última poesia Como à primeira Teu beijo que me veio Em um dia de maio Agora que Junho vem... e
leva o inverno do equador Quero as delicadezas de quem encontrou Alguma coisa terna e macia Ainda que sem procurar Como uma nuvem que se fez Para nascer o arco-íris Na grata surpresa da reinvenção do sol Após a chuva molhar... Quero à moda antiga E também à feira mais moderna Manter a porta de casa E as janelas da emoção abertas Qualquer coisa, em qualquer dia De um dia comum Até onde a vida permitir ...Que seja bom! E se a gente perder o tom ou virar a
maré... Que não seja uma rima triste Mas sim, a curva de uma estrada bonita As palavras e versos mais simples E as mais singelas Que não seja eterno Pois já disse o poeta, é – bruta- chama Mas que valha o risco e à pena Do primeiro ao último poema.
#
De uma conversa muito legal sobre os nossos medos e as coisas que a gente guarda no coração...e também sobre nossos sonhos, que não deixam de ser o nosso dia a dia materializado nas possibilidades.
Sim, podem me chamar
de louca, queridos leitores desse espaço de poesia. Há dias atrás inaugurei o
ano de 2021 nesse blog escrevendo sobre o quanto gosto de baunilha e
enaltecendo as coisas doces e fluídas, tal como são.
É, mas a semana correu
e algumas coisas aconteceram e me fizeram pensar que...nem tudo pode ser
baunilha (é uma pena). Mas não me execrem antes de ler esse pequeno devaneio
nada pessimista, talvez um pouco realista, mas nada pessimista.
Tenho pensado muito
sobre a tristeza e para onde ela nos leva. Procurei pelo significado da palavra tristeza
no dicionário Oxford ( dá um Google e aparece), e a tristeza é definida como ‘estado
afetivo ligado à falta de alegria, à melancolia’. E a melancolia é uma
psicopatologia psiquiátrica, porque já é um adoecimento do sentimento.
Bom, a melancolia como
estágio de adoecimento é objeto de estudo há séculos. A depressão e
outras doenças da psique também. A quem está no enfrentamento dessa batalha,
meus mais sinceros desejos de que o sol bata novamente à janela do seu
quarto...
Quanto à tristeza, é
um sentimento muito natural. É um pedaço das frustrações cotidianas que
precisamos lidar para melhor desenvolvermos como nos relacionamos com o mundo. Também,
assim como a dor, é um instrumento de dizer que não estamos em um lugar confortável
e um meio de nos mover...
Mas é que a vivência na
sociedade pós-moderna, acelerada e líquida, que não aceita pequenas pausas para
‘ser’, cobra que sejamos felizes como gente dentro de um comercial de
margarina, perfeitos e plácidos, ‘confortalvelmente entorpecidos’,em nossas
cascas de proteção.
No meio disso tudo, a
tristeza é um mecanismo de autossocorro. Ao senti-la, a pessoa pede de si e dos
seus ‘um pouco mais de calma’, ‘vida, pisa devagar’. E se movimenta para fora
do ciclo pré-concebido pela modernidade.
Nesse ‘sentir’, há
espaço para diálogo. Para falar sobre o que é a felicidade e o que procuramos.
Há espaço para pausas. Para apreciar uma tarde e redescobrir com os próprios pés
nossa tão própria e conceitual felicidade, que, tal como nós, é tão cheia de
dialética.
E é nessas horas que o
milagre do amor melhor se manifesta. Cuidar e ser cuidado é um processo lindo
que envolve muito compromisso com o universo alheio.
Rubem Alves, aliás, já brincou com sabores e emoções no livro 'Pimentas', e nele fala muito de outros modos de sentir, entre elas, aqueles relativos às paixões, que provocam 'incêndios'. O termo paixão é sugestivo, pois, pode ser 'martírio' ou, como pós-modernamente compreendemos, relativos à emoção/relação sentimental.
Eu me identifico muito com a expressão paixão. Em vários perfis, me descrevo como 'paixão morando na filosofia', como diria Belchior. Mas tenho tentado equilibrar todo esse 'sentir o mundo'. Seja como for, 'não pedirei desculpas pela minha intensidade'- disse o Carpinejar e sigo com o exato propósito, mas em busca da minha própria suavidade nesse caminho.
Bom, nem tudo pode mesmo ser baunilha (é uma pena). E...acho que a vida enfim, seja aprender a equilibrar sabores e descobrir aquilo que melhor se achega ao nosso próprio paladar e sentir.
E isso, enfim, talvez
seja parte importante no processo de ser e partilhar...felicidade!
Eu gosto de baunilha. Aquele
sabor que é de flor. Tátil, suave para os olhos, adaptável ao paladar. É regado, pode ser chá, perfume, buquê...
Também gosto de creme brulé. Aquele
docinho de baunilha, com aquela crostinha de açúcar endurecido e já escrevi
sobre isso...sobre como gosto de gente creme brulé (aquela capinha de gente
mais durinha que se dissolve em doçura e baunilha logo após o toque das
emoções).
Gosto de músicas baunilha...feito
‘partilhar’, que ouço enquanto escrevo esse devaneio, da AnaVitória e do Rubel.
Embora a música seja bem baunilha, o sentimento descrito na canção parece o
tipo de coisa maravilhosa e maluca,que
a gente faz logo no começo de alguma coisa intensa, aquelas coisas que têm
açúcar e pimenta. Tipo chocolate com pimenta.
Por falar em sabores, eu adoro os
dias doces. Aqueles dias que posso dar uma
palavra boa, uma notícia boa a quem acredita no meu trabalho.Meu Deus, como
isso é bom.
Ou que eu leio um poema a uma
amiga, ou partilho a dor e a delícia de existir com meu ciclo de afetos...domingos
preguiçosos, sem grandes eventos, aqueles que passamos jogados no sofá, vendo
uma série bem bonitinha, tipo How I Met Your Mother ...
Rir com minha melhor amiga de
bobagens do nosso cotidiano. Meu Deus, como adoro. Nossas pequenas viagens sobre e em nossos Universos, nossos poemas e escritas singulares, e como a gente busca o melhor e é parte do melhor uma da outra.
As lindas poesias com sabor de
flor,um buquê como aquela Paisagem
Antiga da Alcinea...ou as pétalas derramadas da Maria Ester, com toda fé e ternura que derramam nos meus dias.
Confesso que eu gosto até da cor
baunilha. Acho linda, iluminada sem ser pálida. Aliás, as coisas iluminadas nos
deixam tão...preenchidos, não é?
Mas isso tudo já foi muito diferente. Eu achava os
tons ‘pastéis’ amenos demais.
Batom só era bonito se fosse
vermelho e as intensidades me pareciam o único meio de existir e alcançar o
universo – seja o meu ou o do outro. Desconhecia eu de que é preciso muita
intensidade, densidade e força para transformar contextos plurais em leveza.
Haja força para lidar com a
gravidade e voar...isso nos ensinam os passarinhos.
Não se trata de lidar com o vazio, mas de ser preenchido sem pesar no
nosso próprio mundo e no do outro. Isso se assemelha muito à baunilha...flor
que é sabor, sabor que se amolda, pode ser mais intensa ou suave, sem perder
sua própria singularidade.
Como ando muito grata ao Universo
por essas micro-descobertas, resta-me compartilhar contigo, que faz parte desse
lugar de poesia. Tem sido cada vez mais bacana descobrir mesmos bons dias, vínculos
mais honestos e essa proposta interna de não aceitar e não ser parte de nada
que não seja confortável, bacana e genuíno.
Bom, esse devaneio maluco talvez
só seja para dizer que eu adoro baunilha. Que meus dias mais felizes, meus
amores e afetos mais intensos e constantes são aqueles que foram construídos
nessa relação entre a doçura, a flor, a mobilidade e a capacidade de
transformar existências em ternuras.
E tudo isso se 'insurgiu' com mais força depois de um
episódio da série ‘poder feminino’, em que dois personagens conversam sobre
modos de se relacionare fui acometida por todo meu desejo de partilhar dessas emoções, tão novas para mim, e tão bonitas de serem descobertas...
Taí. A Música ‘partilhar’ é mesmo
perfeita a essa reflexão. Baunilha...relações baunilha...sabores doces, suaves e capazes de agregar a outros sabores...
Realmente, nem sempre gostei do
sabor. Já fui dos ‘venenos mais fortes’...mas, afinal, leva tempo para a gente
gostar de simplicidade, é uma longa viagem, e já disse outro maravilhoso poeta
‘no fundo é simples ser feliz, difícil é ser tão simples...’
Mas a gente descobre essa beleza. Aos poucos.
Como a semente vira flor, e a flor de transforma de muitas formas para chegar a quem dela precisa...seja por sabor, aroma, beleza ou cor.
Sim, Bel.
Já é outra viagem...e eu estou animada com a estrada, ali em frente.