Aprendo o silêncio
De me ouvir
Aos poucos:
Silencio a plateia
E me dou espaço para perceber
Alma, coração: como as ondas do amazonas
tudo tem hora para expandir...ou recolher...
Aprendo meu espaço por tatear
Já não procuro tantos mapas
E sei menos do dicionário a cada dia:
Ressignifico palavras a partir do 'perceber'...
Confio mais em mim,
No que vejo, sinto e sou
Afinal, gosto do 'eu' ao espelho interno
A outra parte que me conta o mundo pacientemente...
Longe ou perto
Sigo associada de 'mim'
Esse mundo que me habita
- Entre o eu e o jardim.
Descanso, finalmente.
Pois, foi longa a procura até chegar em casa
Depois de uma - ou duas - quedas
A gente até duvida que tem asas...
Das décadas passadas
trago o agora que me fez confiar neste lar que me habita
Meu corpo-casa,
De onde nasce a verdadeira parceria
Aprendi a desistir do que não é bom pra mim
Afinal, a beleza está no que me alcança em 'graça'
Pois a palavra diz que tudo que vem de Deus
É feito de leveza e paz - o espírito da perfeita sabedoria
E assim, persisto apenas na bondade,
- Na fé, no riso e na alegria!
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