Poesia, Filosofia de boteco, Observações do Cotidiano e o que mais vier p´ro mundo da lua! ;)
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CONSIDERAÇÕES SOBRE O BLOG :1 - Viva a liberdade poética e a proteção aos direitos autorais!Toda vez que posto algo,indico autor. Se não o faço, é porque é a autora quem vos posta.2) Imagens? -Dr.Google. Exceções? Indico autoria. 2) -Poemas,velhos caducos que falam de tudo.NEM SEMPRE FALAM DO QUE SINTO! ... ***quem dera...***
* A cada um: Que nesta comemoração do novo calendário, tu estejas: Rodeado dos sorrisos que teu sonho e viver escolheu e alimentou, cheio da paz que só produz os teus e com os sonhos quentes no peito..sempre.
E não foi coisa de avião na Malásia. Ele cansou do mundo. Eu o entendo. As melhores pessoas que não conheci se entristeceram ou foram feridas com essa dureza toda que a tudo ronda: Lennon, Renato, Cazuza...tanta gente! Isso sem falar na geração dos 27 anos.Enfim... daria um texto a respeito.
É que o mundo não é escola. Tem parecido mais uma penitenciária. A escola é interna. E a minha 'tem gente de verdade'. E falta também. Mas, a 'minha história é talvez igual à tua': Sofro de lonjuras. Lonjuras indescritíveis,como quase tudo. Aliás, descrever? não consigo. Não consigo resenhar a vida. Nem livros! Na essência, ambos só são bons quando sentidos.
Meu cantor favorito sumiu do mapa.
O mundo não pára de cobra-lo o retorno das obrigações. Eu o entendo. A missão é diferente da razão. Mas, se ele não voltar, se não conhecê-lo,tanto melhor. Que ele seja feliz no exercício de ser pessoa, em um mundo de celebrações e celebridades. Ele não quer mais ser produto, porque prefere encher os olhos d´água de tanto 'ler o pessoa' e comover-se e indignar-se. Como o entendo!
Meu cantor favorito sumiu do mapa.
Ele 'ficou desapontado, como é comum no seu tempo'. Chamam-no de pródigo, de louco, de endividado. Eu o entendo! a poesia de verdade não comercializa a emoção. Não vivifica nada que já não tenha do que se alimentar: poesia come poesia. Não come cédulas, não engole células. Não preciso vê-lo. Sua canção já alimenta a minha emoção desnorteada. Quero que siga o seu caminho, ande por onde o sol apontar e mantenha a certeza de que, ainda daqui, mesmo alucinadamente, tem muita gente que também não desiste de ser!
E com o ilusório de que algo “finda”
, renovam-se as esperanças de que deixemos de ser quem somos e sejamos um outro
– aquele da promessa do ano que inicia.
Ai todo tipo de texto vêm à tona: os 'intelectuais de esquerda', falando dos sonhos que morreram de overdose,
os extremistas de direita, falando na economia e organização da sociedade, os de centro e os “ à toa, de boa na lagoa”, achando tudo diferente, ou
simplesmente não acreditando em nada, e os poetas, esses inconformados (dos
quais acho que esta aqui faz parte...rs.), os saudosistas de plantão, sempre sentindo falta.
Claro, somos humanos, e a
esperança, assim como o amor – “esse artigo sempre em falta” – precisa de uma
dose (cavalar) de ânimo para girar a roda da vida, esta que nos faz levantar todos
os dias e sermos socialmente úteis para a manutenção da inutilidade que nos dá
certo senso de controle. Daí as festividades de natal e ano, que já disse
Drummond, “Quem inventou, fez um negócio genial”.
Vamos falar em perdas, em mortes
inenarráveis (Rubem e Manoel e Chaves,pedaços de doçura da vida), mas também em perdas e
ganhos pessoais, e com isso, tentarmos parecer mais fortes, mais amplos, enfim,
evoluídos dentro da casca do ovo.
O que, quase sem querer, faz recordar
que, dia desses, assisti à continuidade do filme “Jogos Vorazes– A esperança
(Parte I)” e confirmei que se trata de uma distopia do sistema capitalista,
explorador das cinzas e do riso, uniformizador e massificador, capaz de
aniquilar qualquer ato de rebeldia e compaixão, alternando a realidade e alterando,
até enlouquecer ou embrutecer boas pessoas, criando sub-sistemas de implosão,
reação e controle. Sob essa ótica, haveria espaço para os sonhadores na raça
humana?
Sem buscar ser otimista ou o
inverso, faço mesmo a espantada expressão de Baumam, quando trata das relações
líquidas e da modernidade: Estamos cada vez mais ávidos por novidades. Qual a
próxima programação, festividade, amor, estação? Qual o próximo, dê-me o próximo gole, o próximo ano!
Ávidos e sedentos, de uma sede
que não vai cessar “com novas novidades”. Vamos implodindo em cânceres, doenças
degenerativas, depressão, ansiedade. Quem precisa de dilúvio com isso tudo aqui?
Mas calma, esse não é um texto pessimista, para você que chegou até aqui sem rivotril. Você sabe que a moça do aluanaodorme é uma sonhadora e não escreveria sem seus pingos de luz...porque é de desconstrução que
precisamos, e não de recomeços, primeiros de janeiros. É de rehab emocional, de gente mais real, que
pensa em ser mesmo e tenta de alguma forma sê-lo. De gente que sangra e olha o
dodói sarar, pensa no corte, re-flete, re-condiciona Que ama e feito Vinicius, não sai por ai, já era, acabou.
Precisamos repactuar alguma coisa
que ficou perdida, na era dos vencedores e tecnologicamente exatos. Os
tecnologicamente exatos e os vencedores já encontraram a fórmula do amor no desapego , a fórmula da felicidade na individualidade e hedonismo, e da
sobrevivência na completa ausência de compaixão. Mas, para eles, o natal e o ano são símbolos de boas comidas e bebidas com gente “legal”, e não de amor familiar, troca, afetividade. Mas vamos sonhar que eles são raros, ou sumariamente ignorá-los.
Como grande parte dos sonhadores,
hoje vou enfeitar a vida com o sorriso dos meus! Vou também fazer poesias e sonhar com um mundo melhor- para mim e para você- e ser gentil e
integra com o meu semelhante, hoje mesmo.
Sem ano-novo ou grandes
festividades. Sem arroubos, sem guerras.
Só na contínua busca de vencer o tigre que existe em mim.
Se lesse todos os livros que desejo, não teria estrada literária a percorrer. Se já tivesse chegado ao ponto em que penso alcançar, já teria os pés parados. Se já tivesse aportado no infinito do porto de meus sonhos, então não poderia dormir. Se já tivesse tivesse tudo à palma da mão, então não teria um horizonte para pintar.
É porque tudo está em movimento que a vida se torna tão especial e efêmera.
* Título de um livro de Victor Hugo, que inspirou à várias versões em cinema e teatro, e que tristemente recorda-me uma causa judicial vista recentemente. O mundo é bão, mas a humanidade, às vezes, é vergonhosa.
Então, faz-se a luz, através dos fogos, como se fossem o big bang.
De um lado, a humanidade vibra um novo amanhecer, onde gente "fina,elegante e sincera" se insurgirá, feito milagre,ou a recriação da existência para um novo e admirável mundo. A imediata era da gentileza, da bondade e perfeição - nosso objeto tão ilusório de encontro. A invenção do bom mocismo e da nossa capacidade única de sermos apenas um lado das multifaces que nos compõem.
Do outro lado, uma pequena parte, no afã de não esquecer o que nos pesa, encontra no tempo, mera contagem numérica, as dificuldades que temos enquanto sociedade e enquanto pessoas. Aí,claro, dizem: foi um ano bom ou ruim.
Bem, penso que as duas perspectivas de ver um mesmo fato tem suas vantagens. Mas a questão é maior do que o ano que está por findar e a novo ano que virá. A questão é percebermos que seja para sermos "melhores no futuro" ou mesmo AGORA, é essencial não perdermos a contagem do tempo! Nossa formação enquanto seres humanos, a falha nos serviços públicos essenciais, a necessidade de combatermos a corrupção e os as notícias que dele advém são na verdade cíclicos, e não um problema desta simbólica mudança pelo qual temos percepção falha de que controlamos
Seus impostos não foram mais altos em 2014 (tá, foram), a corrupção não foi a nova invenção da roda em 2014 e a nossa dificuldade de organização social latente não aconteceu em 2014. E, sinceramente?
Bem, é isso que os imbecilizadores querem de você: Que você corte o tempo, e com ele sua memória e capacidade de discernimento: Quanto mais imediatista, mais fácil aos instrumentos de controle social e ideológicos "renovar" suas injeções de ânimo e a velha história do pão e circo que retroalimenta essa forma de sociedade, que já sabe ir às ruas, mas frequentemente, não às urnas.Tampouco conviver, de fato, empaticamente.
Quiçá pudesse o ano vindouro restaurar este mundo e fazê-lo inteiramente belo. Quem dera fosse !
Ou mesmo que pudéssemos encerrar nossas mazelas sociais em uma caixinha com o nome de 2014. Mas o fato escancaradamente visível é nossa necessidade de não esquecermos este, nem os demais anos que a ele antecedem. Para podermos planejar anos mais plenos.
Por fim, finalizo com o texto atribuído a Drummond, muito provocativo e reflexivo:
"Quem teve a ideia de cortar o tempo em fatias, a que se deu o nome de ano, foi um indivíduo genial. Industrializou a esperança, fazendo-a funcionar no limite da exaustão.
Doze meses dão para qualquer ser humano se cansar e entregar os pontos. Aí entra o milagre da renovação e tudo começa outra vez com outro número e outra vontade de acreditar que daqui para adiante vai ser diferente" * Texto sob a perspectiva social, plural de nossa sociedade.
Mas, não existam palavras que descrevam como é bom acomodar a imperfeição para caminhar...amores de outras e muitas outras vidas. Garrada, mas muito garrada neles, que é para curtir a saudade. Pois tantas vezes "sofro de lonjuras". Por isso, querid@s, a minha principal palavra no dia de hoje é: Se você tem a alegria de partilhar a vida com os seus diariamente... ha! faça o melhor que pode.
A data que celebramos a partir da meia noite é,para mim, a mais simbólica que existe, porque nos fala do ser puro que modificou toda a história da humanidade...e que toca cada à sua maneira.
Até porque, cada um é ser humano à sua maneira. E ser humano, muito humano, requer imperfeições. E o amor o elo que nos liga a outros seres:é da tolerância recíproca de sermos e exercitarmos quem podemos ser, dentro de nossas próprias possibilidades. E fazer o nosso melhor,
E o maior amor que recebemos desde o princípio, e nosso maior desafio de bem viver...são aqueles que caminham conosco, a nossa família e aqueles que a ela agregam.
O este foi a grande missão e o maior exemplo que Ele nos deu com a sua vida: tolerante e paciente a ponto de dar o outro lado da face, cheio de perdão para com todos, sem julgamentos e cheio de bondade e amor e nas mãos e no gesto, ao ensinar que a vida pode ser vivida com simplicidade e bondade.
Que sejamos então cada vez mais bem sucedidos nessa tarefa: A de "amar as pessoas como se não houvesse amanhã", e a de exercitar o sentimento e a linda luz do exemplo de Cristo nesta data que celebraremos ...e sempre!
Não sabemos nos manifestar. Somos uma sociedade silenciadora que discursa sobre tudo: Corrupção, má prestação do serviço público (com as taxas de impostos entre as mais caras do planeta), necessidade de que sejamos caridosos, empáticos, com respeito às diversidades.
A verdadeira droga que está por aí "coisando por aí" É A NOSSA INÉRCIA HIPÓCRITA.
Sinceramente, ir às ruas protestar é válido,mas muitos outros instrumentos podem ser utilizados. Cito um exemplo: Essa madrugada, curtindo meu "raro" recesso de poucos dias, fui surpreendida pela ausência de luz, algo frequente na companhia de eletricidade de minha cidade, que faz uma espécie de "rodízio" entre bairros, e essa noite "sorteou" a Zona Sul para o apagão.
A despeito da frequência absurda com que isso tem acontecido, Ministério Público, Procon, entre outros órgãos de defesa, e nós, SOCIEDADE, pagamos o preço do silêncio. É constrangedor, principalmente para a parcela mínima (infelizmente), que é esclarecida nesse país, e que deveria estar em busca de "amar e mudar as coisas", os fatos do ano passado e deste: Uma sociedade que reelege a presidenTA (ai,dó), aquela mesma que foi vaiada em um estádio de futebol, platéia de todas as nações; um protesto de milhares de pessoas que não terminou em mudanças radicalmente positivas nas eleições, pois somos eleitores do "capital" e não de ideologias e projetos políticos.
Tudo que acontece nesta sociedade é efeito dominó: Não nos esclarecemos o suficiente (e disso o Estado tem papel fundamental, pois tenta idiotizar ao máximo seu elemento humano), não protestamos de maneira funcional e, por conseguinte, não exercemos a cidadania de maneira plena.
O resultado? Bem, o resultado é o que eu, você e todas as pessoas que tentam viver dignamente nesse país pagam o bruto preço de quem não conhece o que reivindica.
Então, a conclusão triste deste texto sonolento, é: Em que ponto de amadurecimento estamos? Onde se encontram nossas frágeis estruturas?
Se "é preciso estrutura para romper com a conjuntura"...Que estamos fazendo com nossa ausência de conhecimento e toda nossa vontade de mudança?
Nascido de um lar humilde, trinta anos de história desconhecida, ele cresceu em meio à natureza e dela tirou seu oficio. Três reis souberam que havia nascido quem há muito preconizado, e sabiam da inteireza daquele menino, que ainda falaria ao mundo de amor e todos os milagres que produz ser manso e amado.
Ele teve a oportunidade de viver sem olhares sobre sua pureza, pelo tempo de ter matura idade. Muito amado! Filho, irmão...ele cresceu. Torço para que aquela parte contada por Saramago tenha existido, e ele tenha vivido o amor em vida,naquela plenitude,porque a sua pureza merecia ter deste mundo todo exercício de amor, essa palavra tão plural, que ele simboliza e exalou.
Puro de alma, de vida, de coração, aceitou do pai a missão de caminhar pelo mundo e falar em amor, concórdia,perdão, humildade,caridade, fé e todas aquelas coisas que precisamos aprender no caminhar da evolução. Mas era preciso muitas parábolas ecoarem em nossos ouvidos para aprendermos: A não atirar pedras, a dividir o pão, a crer na multiplicação, a manter a calma em meio à tempestade,mesmo que o barco esteja em mares agitados, a perdoar, na essência, que é libertar o outro do ranço da mágoa, a estar em meio ao deserto e perceber que é lá que se precisava estar para aprender consigo e com o Pai aquilo que se precisa....ha! são tantas as vivências e parábolas que ele utilizou, que foi chamado de "O primeiro psicólogo que já existiu". Ha! Penso nele todos os dias, mas como aquele menino que Caeiro conta, que ligeiramente brinca e dorme, e é feliz. Penso também que esse menino cresce e segura nas mãos desejadas, enquanto auxilia-nos na evolução, com ajuda de bondosas almas, filho do Deus de Baruch de Espinoza ou Spinoza. .
Desvirtuaram sua pureza, sua história recontada, preconizada, pesquisada, questionada, há muito que não sabemos neste plano, nem poderíamos, pois é mistério a ser revelado, porque Paulo já dizia "Quando eu era menino,falava como menino, sentia como menino".
Ainda temos olhos,fala e sentidos de menino frente à evolução.
Mas, não é preciso muito para saber de Jesus. É preciso exercitar aquela bondade daquele ser, que nasceu espiritualidade fecunda, perfeita...viveu em simplicidade, e morreu perdoando a humanidade....para nela renascer.
"(...)Ele é o humano que é natural. Ele é o divino que sorri e que brinca. E por isso é que eu sei com toda a certeza. Que ele é o Menino Jesus verdadeiro (...)" (Caeiro, "VIII", in "Poesia", p.37 a 43)