Para que o jardim da vida viva
O poema dorme
Pois de minhas mãos,
outras flores nascem, meu senhor.
Porque a vida é como a flor
necessita de ser regada...
A rosa da inocência é tímida, alvinha
De pétalas delicadas e fininhas - tudo pode machucá-la -
É preciso coerência e boa jardinagem
Para que floresça em sua melhor folhagem...
Dizem que 'a verdade não se cria'
Ah, mas que bobagem!
Crio uma orquídea chamada verdade
Que delicadamente nasce e muda de cor
Pois a natureza fala que existem muitas faces de uma mesma flor...
A mais bonita é uma teimosinha
Que aguenta a chuva mais torrencial e o mais ardente sol
Chamadas 'lavadeiras', representam o perdão
E não existe nada mais perfeito
- E nada haverá de mais cristão...
Então, para que outras mãos possam também recomeçar
Para que outras vidas possam encontrar com a poesia dos dias
Feito a flor de lótus, que em meio ao precário, pôde florescer e pulsar
E um pai que pecou possa voltar ao lar
às vezes, necessito estar ausente!
Mas o peito ainda é cheio e quente
De toda ternura, que ainda brota do poema
e vai para cada 'petição'
Que, na mais bela acepção da vida
nada mais é do que o ato de 'pedir'
por tantas vezes - como Cristo -
Por Verdade, Justiça e perdão.
Poque somos muitos e temos muitas formas de errar e acertar, mas ao fim, como já nos disse Zibia Gasparetto, 'somos todos inocentes'. E porque, a cada dia, minha profissão me faz mais apaixonada por duas emoções essenciais à um bom viver...eu desejo amor e compaixão (Love e Mercy), para mim e para você.
Por isso, já disse outro poeta, em oração (e eu sempre repito):
"Senhor, fazei-me instrumento de vossa paz!
Onde houver ódio, que eu leve o amor
Onde houver ofensa, que eu leve o perdão,
Onde houver discórdia, que eu leve a União,
Onde houver trevas, que eu leve a luz...
Onde houver erro, que eu leve a verdade
Onde houver desespero, que eu leve esperança
Onde houver tristeza, que eu leve alegria
Onde houver dúvida, que eu leve a fé..."