Poesia, Filosofia de boteco, Observações do Cotidiano e o que mais vier p´ro mundo da lua! ;)
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CONSIDERAÇÕES SOBRE O BLOG :1 - Viva a liberdade poética e a proteção aos direitos autorais!Toda vez que posto algo,indico autor. Se não o faço, é porque é a autora quem vos posta.2) Imagens? -Dr.Google. Exceções? Indico autoria. 2) -Poemas,velhos caducos que falam de tudo.NEM SEMPRE FALAM DO QUE SINTO! ... ***quem dera...***
Nem concretista, nem burocrata Nem bossa nova, nem velha prata da casa Nem melancolia, nem parnasianismo Nem uma coisa, nem outra:
Avida não explica nada, meu bem: Nem eu! - Movimento...
Mas...se quiseres saber,
Bora pegar em uma maçã, sentir o cheiro que vem dela Vamos à repartição, dividir o tempo em querelas Vamos tomar um porre, chorar um amazonas Ou curtir a beleza na natureza
Vamos fazer tudo e viver o todo: Sentir o gosto Perceber o Ser, deixar estar Viver de verdade Sem teorizar: Velejar que nem loucos,
Amazonas rumo ao mar...
Bora pichar um muro: fora todos!
Vamos chamar marcianos e brincar de redescobrir o Brasil Quem sabe a gente invente um plano E descubra um lugar menos hostil...
No final, somos todos não qualificáveis
- quiçá, com res-salvas
Coisas que se perdem,
Coisas que ficam no meio do caminho
E aquelas que nos compõe:
Sim, do verbo 'cancionar'
Entre elos inexatos, simbora!
Vamos viver o verbo amar.
Vamos parar num hospício, dormir de conchinha Tomar um banho de rio ou sentir o calor do asfalto Gozar de um jeito novo em cada coisa
Viver o possível: o profano e o sagrado
Perceber que o caos é bom: dele nasceu o planeta
Vê-se na primavera tímida que nasce, aqui no quintal
É tudo tão perfeito e tão inexplicável
Nem é mesmo tão saudável viver de perguntar
Não matematiza nada: os físicos do espaço
São os próprios astros.
Tem coisa mais perfeita?
Precisa de mais explicação?
Se quiser saber o que é calor, meu bem
Não pergunta, estende a mão...
Senta comigo na terra, acende tua luz na minha
Vamos procurar um farol
Beber o fim de tarde
Buscar a janta pelo nosso anzol...
Depois, na hora de explicar
Vamos comprovar à banca
- Os donos da porra toda-
O quanto a vida é mesmo tão incrível
E a gente, inqualificável.
Afinal, ninguém nos ensinou o roteiro
É tudo quântico
E não quantificável
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P.s: Foi uma brincadeirinha, UNIVERSO. A gente é muito qualificável e aprovável ahiuhaiuhaiuhauihaiuhiauhaiu. A gente é muitooooooo A-PROVÁVEL!
Foi em uma das muitas madrugadas em que estou de papo com Bel. Ouvi esta versão antiga , interpretada pela Vanusa, da canção "Paralelas'', com a frase
" E as borboletas do que fui pousam demais
Por entre as flores do asfalto em que tu vais..."
Fiquei curiosa e quis compreender o motivo de trecho da canção ter sido modificado. Primeiro, porque o poema ganha ainda mais sentido, com o trecho retirado, que aliás, poderia ter sido perfeitamente agregado ao verso que o precedeu "Como é perversa a juventude do meu coração / Que só entende o que é cruel / e o que é paixão".
Explico. É que, "'Paralelas'', para mim, sempre evocou o inevitável sentimento de solidão de Belchior, frente aos conceitos propagados nas grandes cidades, o da 'multiplicação', 'riqueza', assim como o registro do eu lírico do poeta, em contraposição a estes conceitos, esvaziados de emoção.
Parecia-me uma declaração de Bel sobre o peso do capital e seu preço sobre as relações afetivas. Bom, acontece que, com o ''novo'' verso em mente, tive a curiosidade de perguntar o porque 'as paralelas dos pneus na água das ruas são duas estradas nuas...' e porque a música ganhou o título 'Paralelas'.
Como sabemos, nosso poeta misturava conceitos físicos, filosóficos, astrológicos, poéticos e sim, matemáticos e geométricos para falar de emoção. Então, eis um conceito geométrico simples de 'Paralelas':
Uma Reta é uma sucessão infinita de pontos, situados todos em uma mesma direção, no entanto, essa sucessão se caracteriza por ser contínua e indefinida, portanto, uma reta não tem nem inicio nem fim; junto ao plano e ao ponto, a reta é um dos elementos geométricos fundamentais. E a paralela é um adjetivo empregado para referir-se àquilo que é semelhante, correspondente, ou que já foi desenvolvido em um mesmo tempo. Então, as retas paralelas são aquelas retas encontradas em um mesmo plano, apresentam a mesma inclinação e não apresentam nenhum ponto em comum; isto significa que não se cruzam, nem se tocam e nem sequer cruzam suas prolongações. Um dos exemplos mais populares é o das vias de um trem. (Artigo http://queconceito.com.br/retas-paralelas)
Foi então que compreendi que Belchior falou de solidão, do preço cobrado pelos conceitos moderníssimos das grandes capitais, mas também, de si e de um outro alguém, um sentimento pessoal, comparando-os à linhas paralelas, que embora similares, por serem retas, não se cruzavam.
A letra fez mais sentido e a solidão do poeta,também. Mesmo a canção teve seu momento de íntima verdade do emocional do amor que mora dentro daquela canção: "Dentro do carro/ Sobre o trevo/ A cem por hora, ó meu amor/ Só tens agora os carinhos do motor.../ E no escritório em que eu trabalho / E fico rico/ Quanto mais eu multiplico/ Diminui o meu amor..."
Cada uma das retas vivenciava sua própria aceleração, diferenciadas, parecidas, paralelas. De refletir sobre isso, acabei por relacionar ao vício pós-moderno, tão explorado em Bauman, sobre o fim das comunidades e a era das 'redes': menos encontro e mais paralelas. Parece viciante e solitário...
Por outro lado, percebi que confundo paralelas com linhas encontradas. Preciso corrigir alguns poemas (e emoções), onde entendo 'paralelas' no sentido de 'cruzamento',graças ao déficit de atenção geográfico/geométrico/espacial/emocional. Bom, como não sou matemática ou física, me perdoei e fui atrás de saber o avesso ao conceito de paralela, ou seja, quando as linhas se encontram. Descobri que é chamado de 'interseção', cujo significado é:
O conceito interseção pode ser utilizado em nosso idioma com dois sentidos diferentes. De um lado, é utilizado no campo da geometria para designar aquele ponto estabelecido em que se cruzam duas linhas. Também serve para indicar o encontro entre duas linhas, planos ou objetos.Mas sem dúvida é no trânsito onde mais se usa esse termo, mesmo assim não podemos esquecer que sua utilização é resultado direto de sua referência apresentada na geometria. Basicamente a interseção no trânsito se refere ao cruzamento de duas ou mais ruas. Sua principal função é possibilitar o acesso de quem circula à outra via e assim chegar ao seu destino. Artigo http://queconceito.com.br/intersecao
Bom, quer mais poesia do que isso? Tome algumas taças de vinho e leia este texto, ao som de paralelas. Se a interseção é o encontro, falta ao mundo e a cada um de nós o charme do alinhamento sentimental. Mas isso envolve o conhecimento da geografia interna e não é fácil reconhecer nossos espaços. É a árdua tarefa que viemos fazer por aqui... e tem tanto a ver com o amor!
Bom, o meu desejo após desta longa digressão em Belchior é que, depois de caminhar comigo pela canção "Paralelas", um pouco do paralelismo sentimental viciante - doença do coração que esta poeta aqui inventou - seja curado de dentro de seu coração. Que explores dentro de você o que é um estar em par e esteja ávido por um amor interseção, que te leve ao encontro! - Com o seu destino.
LUZ!!! LUZ!!! LUZ!!! *Republicado, porque o texto foi acessado e gostei muito de ter escrito isso...e porque ainda é tudo em que acredito.
Para lembrar a potência da luz e a beleza da sombra
Segue, cada vez mais sua
Isso dá uma paz...
A de saber aonde está
A de saber quem é por si
A de estar por si (finalmente)
Semente....do tempo que virá
No avesso da realidade, pura poesia:
Desistiu de insistir na estação:
Tudo bem, são só outras formas de luz e cor
Afinal, mesmo nisso há beleza
Pois a humana natureza reúne afinados corações...
E pela 'lei natural' das afinidades
- Já disse Darwin -
Sobrevive o mais adaptado
E assim, por todo lado
O meio ambiente de cada um
É o que cultiva
E nisso não há esquiva,
é tempo bom...dê de ver:
A planta que nasce desistiu do casulo
A Flor de Pipoca: O milho que não quis ser duro
O tempo do fogo, ou da água: é tudo transformação
Veja: a lágrima já secou o tempo passado:
Calmaria para o coração...
Comunhão de futuros:
Da escolha do hoje, ao tempo do amanhã
Não há mistério na receita, é só equacionar
A flor que nasce é a que gente escolhe regar.
O fruto que vem
Tem o sabor do que a gente cultivou
O não que a gente pratica
É guia do primeiro amor...
À guerra se vai pelos pares
Até nisso, o poder da reciprocidade!
Os ciclos se encerram
Vagarosamente, um botão desajeitado, vira flor...e nasce!
É de Outubro...é de milagre....
#
Colha o dia, a pétala, a beleza de plantar, finalmente, dentro do próprio quintal.Ao tempo da espera, a tudo que nos enfraqueceu, mas nos tornou mais fortes para a vida, às bênçãos e aos aprendizados, aos incômodos que 'transformamos em pérolas'...à vida, que nos ensina a respeitar o tempo da maturação, e a tudo que nós faz mais amigos de Deus...e de nós...gratidão!
Cheia dessa luz e seus avessos, dessa água e dessa terra
é uma metáfora singular sobre a existência
- essa coisa profana e sagrada que não é apenas quimera -
Aliás, quem me dera...
Me espera, preciso de um poema
Vou bem ali, em seu jardim encantado buscar:
Tenho aqui mesmo, na prateleira de casa
Com goles de poesia,
a alma bebe o instante e volta a respirar...
Daí a gente tenta ser prático com doçura
E busca um poema burocrata, daqueles antigos
Nada beat e não molhado em tristezas:
A vida às vezes precisa da delicadeza
De molhar a gente feito chuva fina em dia de calor...
É de fazer e refazer a gente...feito origami!
Que nos ensina que a beleza nasce da disciplina
Em fazer e repetir, até aprimorar
E que o mais delicado papel nos relembrar o sentido
De voar!
Quero um poema daqueles de açucarar o coração: é isso!
De dar esperança, de sentir borboletas no estômago
Aqueles que deixa o beiço da gente com saudades de beijar
De encontrar...
De esperar aquela chegada
Com o coração amanteigado, colorido e leve
onde sentir faz tanto sentido, que o coração celebre
Mesmo nos dias de intensa aleatoriedade...
Loucos, somos todos, afinal:
Mas a loucura que nos chega de modo bom é a questão central.
Espero que entendas e que as palavras possam expressar
O coração às vezes esquece de aprender a falar...
As coisas simples e doces são as que compõe a alma:
Somos casas habitadas de lições
Mas, a gente não precisa aprender a explicar
O tamanho das coisas
Isso é bobagem: quantificar o existencial
Repete comigo e sente as significâncias
Terra...Semente...Fruta...flor...quintal!
Chuva doce...fim de tarde
- Amor equatorial -
De peito quente, a gente semeia o carnaval...
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Essa é uma palavra linda...'revoada'....e esse é um momento bom...pois, por aqui, fizemos as pazes com a poesia que andava adormecida, de castigo por coisas que não fez...que tolice...por aqui, estamos de corações dados, com livros e teorias que amamos, enfim! eu e essa galera que existe em mim, e elas voltaram para cá, sa; simplificaram algumas questões e até, acredite, fizeram um acordo profundo...de (re)união. <3
*Fiz esse poema dia 13.09.2023, nos 80 anos da criação do território. Apesar da crítica, há muito amor por toda beleza, poesia e força que reside em ser daqui e amar nossas pessoas, sua cultura e singularidade.
Confesso: Quase ignoro seu código de aperfeiçoamento
Vivo de desenhar espaços para perceber
Olhar para os seus e pedir...Pai, me ensina a aprender...
é que,
Criada sobre a regra do 'açoite'
E ensinada às avessas
A me quebrar inteira
Por outros, também estilhaçados
Entre literais mortos e feridos, por todos os lados
Cada afeto me foi cobrado:
De olhos elevados, peço: Valei-me,
Nossa Senhora dos Corações Quebrados!
Também nos perdoa
Pelo que não pudemos conter...
A natureza humana, estranha que é
Chama de amor, confunde crimes, estende castigos
Veja que perigo:
De quantas lágrimas se constrói o mar que leva ao verdadeiro adeus?
Doeu...doeu...
Até sarar, virar entrega
Poesia que se concretiza no dia a dia...
Afinal, 'somos quem podemos ser'
A vida é mesmo de se viver...
E finalmente, está tudo bem.
É daqui que nasço: entre tantos códigos, redescobrindo o Brasil!
Acredite, faz mais sentido do que parece
É mais coerente do que qualquer poesia concreta:
A alma chega...encontra com uma luz in blue,
Que anuncia o tempo de portas coloridas e abertas....
Eu pergunto a uma flor:
"Quem modelou teu rosto?
Quem viu a tua alma entrando?
Quem viu a tua alma entrar...?"
E da resposta, aprendo o primeiro amor e sinto a alma descansar:
" Em um Deus assim eu posso confiar"
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Esse poema tem tanto de mim, da terapia, das coisas bonitas que colar vitrais é capaz de fazer com cada um de nós...e eu desejo para você que lê o mesmo amor que eu recebi (mas só que do jeito que for bom para você), para aprender a colar seus pedacinhos quebrados...afinal, diz uma antiga sabedoria japonesa chamada de 'wabi-sabi', que a beleza das coisas é justamente a imperfeição...mas corações inteiros sabem ser melhores para outros corações inteiros...lembrando que ele é músculo, precisa exercitar, para aprender a pulsar sem bater.
Além da própria música do Legião, este poema tem muita influência de uma Crônica chamada 'Vitrais', que é do Rubem Alves, inclusive a última frase veio a compô-lo, com as devidas aspas. Recomendo a leitura aos visitantes desse blog, que tem mais acessos do que esta poeta faz por merecer, pela demora de postagens: gratidão aos insistentes: