quarta-feira, 27 de fevereiro de 2013

Descobertas


Sei lá qual teu delírio, meu carnaval.
Essa noite estrelada não conta teus segredos...
Hoje quero tua boca, teu toque real.
Apesar do depois, e tantos desassossegos...

Sabemos bem que o amanhã
Pode vir ou não vir – Nada é eterno.
Mas no teu sabor de hortelã
Redescubro a beleza do instante, é tão singelo...

Sei lá no que te apegas, pirata de negros olhos.
Pareces preenchido com teu vazio abissal
E viajo em tuas teorias e negros assombros
Indagando a mim se tu és real...

Entre um instante e outro desvendo quem sou
Sem as crendices de eterna menina
E entre o que fui e o que restou
Ainda tenho paz – e uma força só minha! #

Feita há um tempo atrás, e deixada de lado nos rascunhos do blog...compartilho agora.
 Boa noite,querid@s. :)

domingo, 24 de fevereiro de 2013

Pelos céus de Brasília

Por sobre os céus de Brasília
Nuvens vermelhas gotejam chuva
Esqueceram de avisar ao céu
Que é verão...
Ando visceral mais que o comum
E esse peso que não desce em liquidez
(dói)
Porque ando a me sentir esse céu
Com tanto brilho obscurecido
Sem despejar seus pesos no grande mundo...
Porque ando esquecendo rimas
E abrindo mão da minha mania de perfeição
E sendo a leveza que esvoaça...e vai.
Por esses céus de Brasília
- Que logo me levarão.
Ando a me perguntar às nuvens vermelhas:
Aí se dissolveu meu coração?

sexta-feira, 22 de fevereiro de 2013

Multidões

Nessa dança tão solitária
Multidões não significam nada
Há desertos por essas ruas iluminadas
E gritos surdos ecoando  almas penadas...

Vivos-mortos
Faces inertes não falam em vida
Quantos sofrem? quantos estão chorando?
O teatro é mais que absurdo - é surreal
Na massificação da vida, tudo é tão banal...

Não quero repetir a lógica do absurdo
Não quero pôr-me em modo mudo
Mudo de sons, de verbos e poemas
Então mantenho a mente inquieta
incompleta, não serena....

Sem sorrisos metrificados
e corações estanques, gelados
Sem tanto fast-food e auto-suficiência
frios, enlatados e almas pequenas! #


quarta-feira, 20 de fevereiro de 2013

Quantas almas tenho em mim...


Sei lá quantas almas tenho em mim
Coabitam multidões...
pedaços de solidão
Sempre em busca de anistia...
Qual o crime em ser  plural?
Em questionar o que o olho encontra
E duvidar do que é real...

Sei lá quantas almas tenho em mim
essas multidões não me dizem nada
Pareço alheia, desencontrada
Fruto caído num  rio nunca estático,
e nunca o mesmo,e jamais tem fim...

Sei lá quantas almas tenho em mim
Moram artistas,poetas e um criminoso
Uma criança em um jardim frondoso
E uma mãe embalando seu filhinho...
Há uma jovem curiosa, dinâmica e com medos
E muitos outros que escondem segredos

Sei lá quantas almas tenho em mim...#

segunda-feira, 18 de fevereiro de 2013

Viagem



Viajei pelas estradas de mim
Em minhas entranhas, revi dores antigas
no mesmo espelho que a vida emoldura
Pus-me a procurar o caminho...a cura.

Praquele desalinho que desfia o bordado
E leva amores para o outro lado
Para aqueles verbos não ditos, riscados
Pros amores eternos, alucinados...

Viajei pelas estradas de mim
Entre a criança brincante e o adulto
Que sempre adormecem juntos no peito
E que vivem num eterno sem fim...

E entre cada passo dado, riscado no mundo
Entendi que viver é um grande rio...profundo.
Uma entrega qualquer que faz o  mistério bonito
que renova as águas e faz do instante..infinito!#