sexta-feira, 27 de março de 2015

Composição!


Cada um compõe seu próprio mar
Sua lagoa de sonhos, rio de fluências
E o próprio céu de cadências e cedências...
Que brilhará sob o olhar!

E a cada passo do caminhar
Algo mais se pinta sob o viver
Planta o que se pode
E o que se haverá por colher...

Que tenho eu com o céu alheio?
O desemaranhar dos laços do destino
Conta que cada ser é um território
País a escolher seu próprio hino...

Como me saberei juiz do outro?
Se a alma se constrói aos poucos
Invenção do mais fino poeta

... Que dizem ser o pai dos loucos! #

terça-feira, 3 de março de 2015

Viagem!



Entre o talento o tormento
Mil enlouqueceram!
Tantos outros se perderam
Por então, se encontrar...

E todo mundo tem um conto
Pra contar
De seu próprio brilho e dor
E os absurdos de viver sem ter pudor...

E há quem suba no barco do supremo risco:
Navegar pelas águas imprevisíveis
Da alma e do sabor alheio
Para encontrar a própria face no espelho...

E tudo é descoberta: Eureka!
E o instante afrente é seguir viagem!
Pois a única certeza do caminho
 é a passagem...#

segunda-feira, 2 de março de 2015

Um dia!



Talvez precises de um instante:
Talvez precises de mais tempo
Nem tudo nasce pré-moldado: 
As nuances da poeira mudam com o vento...

E passam estações e verbos
Até que sintas o verso
Correr na veia e contar em um segundo
Que alguém adentrou no seu mundo...

E nele acresceu, juntou-se à estrutura
Enlouqueceu a vida para serenar
- Quem disse que amar é só cura?
às vezes é preciso  alucinar...

E nos olhos, no sorriso alheio
Moldar pedaços seus com a mão
Encontrar retalhos de pele
Por dentro da sua emoção...#

Foi um lindo plano, Sr.Presidente!

E agora, José?

Das tripas ao coração, você tenta!

Engolir as mesmas notícias, mais parecidas com as distopias Kafkianas que com o que pensamos ser a realidade. 
Todo dia o jornal bate à porta, para contar que está pior, cada um com suas 'bandeiras'...nem tão ideológicas assim. 
A ditadura é a corrupção, essa vilã de muitas faces, de uma violência muda, que mata e tortura sem anistiar ninguém, pois poucos culpados se vê. O nosso partido, Cazuza já contou: é o coração partido.

Das tripas ao coração (partido), 'você é duro, José!' 

E tenta. E tentar já é muito! há quem tenha desistido, entrado no 'ritmo', encontrado um 'jeitinho' de sobreviver e desculpar a si mesmo por auxiliar as coisas a serem como são. Mas, sem querer, auxiliamos. Sem querer, a gente cumpre o horário de verão, o rodízio, os impostos e toda a vil sacanagem do que não chega aonde deveria. E a pobreza cresce, e tão sutilmente que é suave o veneno que engole classes e distribui tudo em uma única simbologia: O capital.

Ha, a ' a gente não sabemos escolher presidente'!  E agora, José ?

E irônico e desolador é que o nosso executivo atual tenha vindo de um partido de base do que chamávamos 'esquerda' nesse nosso país, a oposição que enfim, ganhou voz, na forma de um operário que chegou ao poder. Podia, enfim...ser eu, ser você, ser qualquer um na multidão! Não mais filhos das super produções financeiras: Filósofos, Sociólogos, ricos a reproduzir 'o modelo' ...
E se o modelo é tomado emprestado e nós perdemos a fé em alguma direção...e agora?


"E agora, José ?
você que é sem nome, 
que zomba dos outros, 
Você que faz versos
que ama e protesta..."