Poesia, Filosofia de boteco, Observações do Cotidiano e o que mais vier p´ro mundo da lua! ;) . . . . . . . . . . . . . . . . . CONSIDERAÇÕES SOBRE O BLOG :1 - Viva a liberdade poética e a proteção aos direitos autorais!Toda vez que posto algo,indico autor. Se não o faço, é porque é a autora quem vos posta.2) Imagens? -Dr.Google. Exceções? Indico autoria. 2) -Poemas,velhos caducos que falam de tudo.NEM SEMPRE FALAM DO QUE SINTO! ... ***quem dera...***
quinta-feira, 28 de julho de 2022
Das Levezas
quarta-feira, 27 de julho de 2022
Movimento
terça-feira, 26 de julho de 2022
Venha Santana! (Devaneios da Sessão Velha Boba)

Se alguém ficasse gripado, na minha família, tomava remédio de mel,copaíba e limão. Biotônico? coisa de rico. Tomávamos 'batidas' exóticas, feitas com ervas daqui. Um exemplo: Mastruz com leite moça, para 'lombriga'. Se tivéssemos febre demorada, éramos levados para aquelas velhas mágicas, as senhoras sábias da floresta,'benzedeiras' da cidade.
Qualquer pequena coisa que faça recordar aquelas ruas de terra batida e casas com quintais cheios de árvores frutíferas e mistérios profundos, onde crianças corriam em busca de incríveis descobertas, fazem nascer em meus olhos igarapés de saudades...
Há muitos anos não sou a menina da cidade de Santa Ana, que recebeu meu avô, tios e mãe com generosidade, vindos de outra grande navegação, em uma embarcação chamada VENCEDORA...como a preconizar destino de gente forte, que correu atrás de sorrir, de ganhar, vencer e devolver para a cidade o mesmo coração com que nos recebeu.
domingo, 17 de julho de 2022
Modernamente antigos
Nada que já não tenha sido lido
terça-feira, 12 de outubro de 2021
Aquela máquina de Digitar Afetos
Aquela máquina de Digitar afetos
Nunca mais escreveu a palavra "Meu amor"
Por onde andas,
Afinal?
Verbo que é cheiro
Quanta falta tu faz em meu jardim...
Nem sempre fui assim, tão dislexa à paixão
Já fui mais atenta ao meu próprio coração
Mas a vida é assim,
Depois que passei a usar relógio
O tempo caçoa de mim:
- Faz com que tudo tenha exíguo começo, meio e fim -
É que o amor não cabe no curto espaço de 24 horas
isso aos poucos, creia,
A tudo devora -
E apavora
Mas... acalma, Coração
- Quem sabe ainda temos
Uma eternidade a mais
Na próxima Oração -
Quem sabe a gente se tropece
Em meio ao burburinho de um café
Quem sabe aquele velho ditado (Clichê)
Ainda esteja de pé
Ah! Incerta beleza de existir.
O verbo futuro é ingrato
Descumpridor nato
De
quem achamos que seremos...
Faz tempo que não chove em Macapá
Mas o Equador vira água num súbito instante!
Quem sabe a vida seja assim: de se sentir o sabor
E agora, sob o intenso calor,
Me demoro a tentar compreender
O porque essa máquina (de bater)
nunca mais digitou a palavra
"Meu
amor"...
segunda-feira, 11 de outubro de 2021
Liberdade
Sonhar meus próprios horizontes
E toda sua imensa rima
Remar meu próprio verso
(Despreocupar do resto)]
O mais...ah! Deus ensina.
Desaprender teorias
E conformar a batida do meu coração
Desafiar meus limites
Amar o instante,
Entender meu irmão.
Sei, não é fácil viver.
Mais difícil ainda é desistir
Melhor então...aceitar o virar da maré
E entender que o sabor do futuro é um talvez
Mesmo o vento não faz a curva de uma só vez...
Eu me encontro comigo
E dou ao meu próprio tempo um novo sabor
Gosto mais da mulher ao espelho
Seus sabores e entremeios
Seus vícios e anseios.
E nesse multiverso de tantas descobertas
abraço tudo que me aquece,
Meus laços de amor mantenho fortes
Para não esquecer quem sou e fui
E assim, mais dona de mim
Dou meus mais que bem-vindo amanhã!
Construção do Amado instante!
E assim adeus, passado!
Por outro lado,
A tudo isso: Gratidão!
#
Que a gente sempre esteja perto de tudo que nos leva ao melhor em nós.
LUZ!
segunda-feira, 20 de setembro de 2021
Consagração a Maria-mãe
quarta-feira, 1 de setembro de 2021
Padrão de Referência
#
quinta-feira, 17 de junho de 2021
terça-feira, 15 de junho de 2021
Sossego
Dentro
do vento...sossego
No
espaço de ser deixo estar
A
vida não acontece toda de uma vez:
É
preciso deixar ser o que virá
Dentro
de mim, readequo
Ajusto
um ou dois móveis de lugar
Arranjo
espaço para um novo luar
E
deixo um espaço arejado para o inevitável
Aquilo
que inexoravelmente ‘será’.
A
chuva não cai só de uma vez...
O
mundo já nasceu e acabou
Pelo
menos em uma oportunidade
E nem isso findou a existência,
Em
essência, o néctar se recria
No
revoar das próximas andorinhas
O
verão vindouro se anuncia
E
chega, um dia de junho de cada...
E
do vinho ao xerez
Tudo
passou pelo processo de (re) criação
Mesmo
o segundo parido
Veio
de um inteiro giro:
Dentro
do vento...sossego o coração.
#
Não...
Não me percas antes que eu te mostre
Como é lindo o pôr do sol
Em dia de maré cheia
Ou te conte uns segredos ao pé da calma
Alguma coisa que mexa com sua alma...
Não me percas antes que eu te leve pela
mão
Para ver as cores dos espaço-tempo do dia
Que eu te conte, em meu abraço
Que és parte do que me traz alegria...
Não me percas antes que eu confesse
Como sinto falta do teu cheiro no meu
paladar
E como penso em ti quando é dia de lua
crescente ou cheia
Não me perca antes de me encontrar.
Que somos efemeridade
E é tão raro...sentir
Sentir! Mesmo.
No gesto e gosto... um elo se formar
Ou me perca de uma vez
Que é p´ra eu me procurar...
#
Do primeiro ao último Poema
Como à primeira
Teu beijo que me veio
Em um dia de maio
Agora que Junho vem...
e leva o inverno do equador
Quero as delicadezas de quem encontrou
Alguma coisa terna e macia
Ainda que sem procurar
Como uma nuvem que se fez
Para nascer o arco-íris
Na grata surpresa da reinvenção do sol
Após a chuva molhar...
Quero à moda antiga
E também à feira mais moderna
Manter a porta de casa
E as janelas da emoção abertas
Qualquer coisa, em qualquer dia
De um dia comum
Até onde a vida permitir
...Que seja bom!
E se a gente perder o tom ou virar a maré...
Que não seja uma rima triste
Mas sim, a curva de uma estrada bonita
As palavras e versos mais simples
E as mais singelas
Que não seja eterno
Pois já disse o poeta, é – bruta- chama
Mas que valha o risco e à pena
Do primeiro ao último poema.
domingo, 6 de junho de 2021
Nem tudo pode ser Baunilha - é uma pena (Devaneios da velha boba)
Sim, podem me chamar
de louca, queridos leitores desse espaço de poesia. Há dias atrás inaugurei o
ano de 2021 nesse blog escrevendo sobre o quanto gosto de baunilha e
enaltecendo as coisas doces e fluídas, tal como são.
Mas é que a vivência na sociedade pós-moderna, acelerada e líquida, que não aceita pequenas pausas para ‘ser’, cobra que sejamos felizes como gente dentro de um comercial de margarina, perfeitos e plácidos, ‘confortalvelmente entorpecidos’,em nossas cascas de proteção.
No meio disso tudo, a tristeza é um mecanismo de autossocorro. Ao senti-la, a pessoa pede de si e dos seus ‘um pouco mais de calma’, ‘vida, pisa devagar’. E se movimenta para fora do ciclo pré-concebido pela modernidade.
Nesse ‘sentir’, há espaço para diálogo. Para falar sobre o que é a felicidade e o que procuramos. Há espaço para pausas. Para apreciar uma tarde e redescobrir com os próprios pés nossa tão própria e conceitual felicidade, que, tal como nós, é tão cheia de dialética.
E é nessas horas que o milagre do amor melhor se manifesta. Cuidar e ser cuidado é um processo lindo que envolve muito compromisso com o universo alheio.
Rubem Alves, aliás, já brincou com sabores e emoções no livro 'Pimentas', e nele fala muito de outros modos de sentir, entre elas, aqueles relativos às paixões, que provocam 'incêndios'. O termo paixão é sugestivo, pois, pode ser 'martírio' ou, como pós-modernamente compreendemos, relativos à emoção/relação sentimental.
Eu me identifico muito com a expressão paixão. Em vários perfis, me descrevo como 'paixão morando na filosofia', como diria Belchior. Mas tenho tentado equilibrar todo esse 'sentir o mundo'. Seja como for, 'não pedirei desculpas pela minha intensidade'- disse o Carpinejar e sigo com o exato propósito, mas em busca da minha própria suavidade nesse caminho.
Bom, nem tudo pode mesmo ser baunilha (é uma pena). E...acho que a vida enfim, seja aprender a equilibrar sabores e descobrir aquilo que melhor se achega ao nosso próprio paladar e sentir.
E isso, enfim, talvez
seja parte importante no processo de ser e partilhar...felicidade!
segunda-feira, 31 de maio de 2021
Baunilha! (devaneios da velha boba)
Eu gosto de baunilha. Aquele sabor que é de flor. Tátil, suave para os olhos, adaptável ao paladar. É regado, pode ser chá, perfume, buquê...
Também gosto de creme brulé. Aquele docinho de baunilha, com aquela crostinha de açúcar endurecido e já escrevi sobre isso...sobre como gosto de gente creme brulé (aquela capinha de gente mais durinha que se dissolve em doçura e baunilha logo após o toque das emoções).
Gosto de músicas baunilha...feito ‘partilhar’, que ouço enquanto escrevo esse devaneio, da AnaVitória e do Rubel. Embora a música seja bem baunilha, o sentimento descrito na canção parece o tipo de coisa maravilhosa e maluca, que a gente faz logo no começo de alguma coisa intensa, aquelas coisas que têm açúcar e pimenta. Tipo chocolate com pimenta.
Por falar em sabores, eu adoro os dias doces. Aqueles dias que posso dar uma palavra boa, uma notícia boa a quem acredita no meu trabalho.Meu Deus, como isso é bom.
Ou que eu leio um poema a uma amiga, ou partilho a dor e a delícia de existir com meu ciclo de afetos...domingos preguiçosos, sem grandes eventos, aqueles que passamos jogados no sofá, vendo uma série bem bonitinha, tipo How I Met Your Mother ...
Rir com minha melhor amiga de bobagens do nosso cotidiano. Meu Deus, como adoro. Nossas pequenas viagens sobre e em nossos Universos, nossos poemas e escritas singulares, e como a gente busca o melhor e é parte do melhor uma da outra.
As lindas poesias com sabor de flor, um buquê como aquela Paisagem Antiga da Alcinea...ou as pétalas derramadas da Maria Ester, com toda fé e ternura que derramam nos meus dias.
Confesso que eu gosto até da cor baunilha. Acho linda, iluminada sem ser pálida. Aliás, as coisas iluminadas nos deixam tão...preenchidos, não é?
Mas isso tudo já foi muito diferente. Eu achava os tons ‘pastéis’ amenos demais.
Batom só era bonito se fosse vermelho e as intensidades me pareciam o único meio de existir e alcançar o universo – seja o meu ou o do outro. Desconhecia eu de que é preciso muita intensidade, densidade e força para transformar contextos plurais em leveza.
Haja força para lidar com a gravidade e voar...isso nos ensinam os passarinhos.
Não se trata de lidar com o vazio, mas de ser preenchido sem pesar no nosso próprio mundo e no do outro. Isso se assemelha muito à baunilha...flor que é sabor, sabor que se amolda, pode ser mais intensa ou suave, sem perder sua própria singularidade.
Como ando muito grata ao Universo por essas micro-descobertas, resta-me compartilhar contigo, que faz parte desse lugar de poesia. Tem sido cada vez mais bacana descobrir mesmos bons dias, vínculos mais honestos e essa proposta interna de não aceitar e não ser parte de nada que não seja confortável, bacana e genuíno.
Bom, esse devaneio maluco talvez só seja para dizer que eu adoro baunilha. Que meus dias mais felizes, meus amores e afetos mais intensos e constantes são aqueles que foram construídos nessa relação entre a doçura, a flor, a mobilidade e a capacidade de transformar existências em ternuras.
E tudo isso se 'insurgiu' com mais força depois de um episódio da série ‘poder feminino’, em que dois personagens conversam sobre modos de se relacionar e fui acometida por todo meu desejo de partilhar dessas emoções, tão novas para mim, e tão bonitas de serem descobertas...
Taí. A Música ‘partilhar’ é mesmo perfeita a essa reflexão. Baunilha...relações baunilha...sabores doces, suaves e capazes de agregar a outros sabores...
Realmente, nem sempre gostei do sabor. Já fui dos ‘venenos mais fortes’...mas, afinal, leva tempo para a gente gostar de simplicidade, é uma longa viagem, e já disse outro maravilhoso poeta ‘no fundo é simples ser feliz, difícil é ser tão simples...’
Mas a gente descobre essa beleza. Aos poucos.
Como a semente vira flor, e a flor de transforma de muitas formas para chegar a quem dela precisa...seja por sabor, aroma, beleza ou cor.
Sim, Bel.
Já é outra viagem...e eu estou animada com a estrada, ali em frente.
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