Letreiros, paralelas:
Linhas incertas, velhas novidades no jornal das seis
O tempo é mesmo um velho burguês:
O tempo é mesmo um velho burguês:
Vende espaço para lucrar vida
Engole nossas cores nesses dias cinzas...
Tanta liquidez e tanta sede!
Robinson Crusoé e Bauman entenderiam
Muitos ajustes convenientes
A fumaça no céu apaga estrelas cadentes...
Os dias correm e parecem brincar comigo
cada um nas linhas de um (im)próprio esconderijo
E eu não sou boa com labirintos:
Para decifrar, devoro-me...
É tudo culpa da disritmia
- Sempre dancei fora do tom, confesso
Cada vez que pensei entender, desfiz da realidade um elo
É falta de jeito, eu sei...
A vontade é tanta de calor humano real!
Mas, minha nau é pequena demais para tanto espaço
Só reconheço a métrica da rima formada
Por um bom abraço...
E nesse percalço, Ouroboros:
Letreiros, paralelas:
Linhas incertas
Velhas novidades no jornal das seis...
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