sábado, 8 de março de 2025

Alucinação?

 Hoje...ontem...este mês:
Já fui tanta gente: Deitei e rolei
Brinquei de letrinhas e redescobri o Brasil
Depois de tanto tempo esquecida do quão sou feliz
Empinei o nariz, olhei o céu chover: saí e dancei.

Lavei o corpo do necessário tempo dado à semente
Revirei os astros, vi uma estrela cadente
Tornei a ser poeta, a enluarar madrugadas
Só quem sente sabe...
o quanto isso faz falta!

Fiz mil coisas novas...que até nem deveria
Revi gente que alimenta, aquece, livra o corpo de ser apenas espectro!
Deixei de lado o sentido do certo
Cedi ao desejo: comi brigadeiro
Até doer a boca do estômago:

 - Mirei no hospital, parei no teu manicômio 
(Ah, como foi bom  mais esse conto!)

E bem nessa hora, no exato instante de a gente cumprir
O fatídico sinal do que é a nossa rima
Não sei de se por descaso, ironia ou sina...Acordei!
Perdão, meu bem, eu ainda não te vivi: 
Apenas te sonhei... 

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