é que eu sou Amazonas, querida
Rio de muita água doce para verter
Eu danço às luas cheias,
Me derramo, se encho até a beira
Vivo de me derreter...
Posso doar em dobro
Qualquer coisa do que me tomaste
É que sou bambu sem aste
Eu vergo para me recompor...
Eu também danço e canto e celebro a vida
Que ainda que traga o susto do 'perceber'
Ensina o caminho que nos leva a aprender
e eu sigo ''tranquila como uma manhã de domingo''
Filha dos elementos
Eu sou água, suor do vento
E também o sal que tempera o paladar
E já sei dizer adeus sem alarde
(Esse poema já não arde ao se declamar...)
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Depois de ler pela primeira vez 'Tudo é rio'', de Carla Madeira. Quem 'bebe' da literatura, vive de 'jorrar'...como é linda a nossa mãe-poema.
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