Pinto com giz de amor
As paisagens por onde passei:
Afinal, mesmo aquele espinho mais doído
Me trouxe até aqui.
Quem seria eu?
Quem esse eu seria?
Se não houvesse aquela lágrima
Com que fiz tanta poesia?
(Adeus, Anjo,
Saiba que sinto saudades dos dias iluminados do teu olhar...)
Parece que, afinal
Nunca saberei qual foi a página virada,
A dor produzida, reproduzida ou partilhada
Que me fez me ser justamente quem sou...
Visto com amor e bondade
Meus erros... e confesso
Vou a terapia cuidar dos erros aleatórios da caminhada
Afinal, tudo é jornada!
- Para mim, para ti, para nós...
Cuido do meu coração machucado,
Afinal, esse é o único espaço em que posso reinar
O mais, é da vida: Ou sangra eternamente
Ou dá de, finalmente, sarar...
Da mente, mantenho aberta
Certa de que é impossível estar sempre certa
Afinal, há tanta multiplicidade!
A vida, afinal, não tem setas...
- Que pena também, não ter cortes - como disse Medeiros*
Mas afinal, será que não tem?
De repente, a gente vira a estrada
De repente, nem estrada tem!
#
* Martha Medeiros diz:
"A força de um ato
Dura o tempo exato
Para ser compreendida
Depois disso é bobagem
Vira longa-metragem
Por acaso estendida
Fora o essencial
Nada mais é natural
Vira apenas suporte
Pena a vida não ter corte".
Para ser compreendida
Depois disso é bobagem
Vira longa-metragem
Por acaso estendida
Fora o essencial
Nada mais é natural
Vira apenas suporte
Pena a vida não ter corte".
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