domingo, 14 de dezembro de 2014

Tu sabes


Tu sabes que amas quando nada do que o outro te diga te assusta a ponto de partir. Quando recebes segredos e os guarda na palma das mãos,  e beija.
Tu sabes que amas quando conhece a escuridão e sombras alheias e não te assustas, mergulhas sem necessitar clarear. Só coabitar. Quando detalhes parecem relevantes, cuidados naturais, e em essência, só um, só um abraço cura mais que todas as palavras ditas ou por toda poesia já escrita.
Tu sabes que amas quando vê paisagens e pensa no ser amado. Quando vês paisagens no ser amado. Uma flor, um raio de sol diferente, uma folha que voou na face...
Tu sabes que amas quando não condiciona presença. Quando torce e diz "vá lá, vai dar certo, estarei contigo".
Tu sabes que amas quando o outro não se torna assustador, apesar de conhecê-lo mundo e fundo,  e nenhuma ausência de luz pode diminuir o sentido, porque simplesmente faz.
Tu sabes que amas quando o primeiro e o último pensamento  - ou tantos outros do dia- vão para um mesmo lugar, pedir abrigo sentimental.
Tu sabes que amas quando canções conversam com a emoção e juntam as tuas mãos àquele certo alguém.


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