sábado, 31 de janeiro de 2015

Por todas os milhões de anos...


...E quantas vidas couberem dentro de um amor.
Te amo,mana. Cante sempre para mim,por favor.
<3 

Flor de Janeiro


Ela tem aquele sorriso forte
De quem cresceu para ser  norte
No pequeno infinito de ser
E toda a poesia fez viver...

É uma borboleta selvagem
Como as borboletas felizes são
Precisa de voos e descobertas
Ela tem a alma tão clara e desperta...

Desvenda passos e é destemida
Arrisca tudo para ser vida
Tanta força em um pequeno frasco
Uma botão que floriu em janeiro...

E cresceu em meio a um temporal
Mas dos rios de sua aldeia se alimentou
Enquanto pintava horizontes
E dizem que de amor, movia os montes...#

Para a Flor de janeiro que me deu a vida, com seu mundo.
Eu simplesmente não seria eu, não fosse...ela. <3 <3 <3 <3





sexta-feira, 30 de janeiro de 2015

Do outro lado da rua


São apenas passos!
Entre um laço e um abraço
E o encontro do meu mundo
Falta um tanto tão pouquinho...

Como tantas vezes,
atravessar esta  mesma antiga rua
Dizer que ainda sou tua
Apesar de não ver teu infinito...

E contemplo a casa, o asfalto
São tão poucos metros pro passo
Encontrar com a saudade!
Uma estranha ausência que arde...

Fico quieta a contemplar 
Parece tão bonito e tão distante
Entranhas, coração...um lar
 difícil agora de chegar...#


quinta-feira, 29 de janeiro de 2015

Não há perfeição quando há amor


Não há perfeição quando há amor
Raízes expostas, febre, ardência, clamor
Medos, escuridão e luz em fundo próprio
Coabitando um mesmo precário frasco...

Há mais que duas mãos
E conceitos, vontades
Cada um é uma fórmula secreta
A descobrir e ser descoberta...

Não há perfeição quando há amor
Ventania, chuva em pleno calor
O mundo não é dos perfeitos, é dos dispostos
A fazer de sorrisos ganhos próprios...

Há poucas certezas e muita poesia
Aceitação do caminho e nisso,  alegria
Uma ternura incontida sempre a pedir espaço
A ausência que se completa...em pedaços! #






quarta-feira, 28 de janeiro de 2015

"A casa é sua" (Arnaldo Antunes)



Videoclipe oficial.
Lindo!

Por você


Eu viajaria por você
Um milhão de vezes!
Um milhão de vezes, castelos de gelo
Um milhão de vezes, feitiços e medos
Enfrentaria monstros
Modificaria fábulas
Reescreveria pontos e contos!
Pois o amor é o próprio pacto com a magia...
Eu viajaria por você...e te buscaria!#


* Por indicação da irmã, assisti "Frozen, uma aventura congelante", animação que fundamentalmente fala do amor entre duas irmãs e a força da coragem que o elo traz. 
Poesia bem piegas, porque o amor não é mesmo elegante: é tolo.
 ;)


O Estado e a máquina



Frequentemente ouço a expressão 'máquina' quando falamos em 'Estado', como a referir que o sistema é um aparelho engendrado e em funcionamento único. Bem, ontem, após a leitura de um edital de processo seletivo, isso ficou ainda mais latente: além de máquina, o Estado nos quer ...'peças'! Estamos cada vez mais 'coisificados'.

Exemplifico: Você não exerce a profissão que criou. O Estado determinou quais são as profissões que lhe interessam e, com sorte (muita sorte), você alcançou alguma que almeja ou é compatível com as suas aptidões. E, a não ser que tenha se esforçado muito para pagar a sua formação, é provável que esteja entre o seleto número que enfrentou a concorrência desleal da legião de administrados, prestando processos seletivos.

Vivemos em eternos processos seletivos, nós, peças desse maquinário. Isso quando não somos sumariamente excluídos. Por exemplo: existem editais quer requisitam preparo físico exaustivo e alto conhecimento técnico. Ora, conhecimentos que vão muito além inclusive dos bancos de graduação!

Com a leitura do edital de ontem, percebi que não sei a diferença entre flexões, a não ser que sejam nominais ou de verbo (rs), pois a moça até arrisca versos, mas 'apoios','corrida','natação', tudo ao mesmo tempo é coisa de triatleta, uma covardia da 'máquina', que agora quer 'multifuncionais'. Sim, 'multifuncionais', porque somado ao número de conhecimento científico das outras fases, o Estado precisa de triatletas altamente nerds (rs). E nos incutem a idéia de que fomos 'produzidos' para participar da dança.Ou melhor, da roda, porque não há espaço para a canção. 

Mas estamos mesmo? Um dia, na ida para uma destas provas de seleção, uma moça em uma parada de ônibus parecia altamente em agonia,sozinha. Parei e ofereci transporte. Ela ficou tão assustada com a oferta, que aceitou receosa! Disse-me que não era do meu Estado e que aquela tinha sido a primeira gentileza que notou naquele lugar. Fiquei envergonhada. Não, não pelo meu Estado,mas pela raça humana, incapaz de reproduzir o que é de sua natureza: Afetividade.

Mas é que os conceitos alteraram muito da essência. Quanto mais 'peças', mais estamos disfuncionais como pessoas, de tanto concorrer 'funções'. E daí o individualismo, o olhar o mundo sob a ótica que 'convém', a colonização das culturas sobre outras culturas, a massificação do pensar e o etnocentrismo... tão 'modernos' quanto a 'máquina', que 'uniformiza' pessoas em soldados de guerra.

Por isso que é tão bonita a palavra.... 'subverter'. Ser muito gente, 'pessoa'...é a coisa mais subversiva que podemos fazer, hoje em dia.


"Desculpem,mas eu não quero ser um imperador,
esse não é meu ofício"




A criança de Alberto Caeiro


(...)
A Criança Nova que habita onde vivo
Dá-me uma mão a mim
E outra a tudo que existe
E assim vamos os três pelo caminho que houver,

Saltando e cantando e rindo
E gozando o nosso segredo comum
Que é saber por toda a parte
Que não há mistério no mundo
E que tudo vale a pena.

A Criança Eterna acompanha-me sempre.

A direcção do meu olhar é o seu dedo apontando
(...)
O meu ouvido atento alegremente a todos os sons
São as cócegas que ele me faz, brincando, nas orelhas.

Esse menino também me acompanha,Caeiro!
Só que quando cresce, faz vitrais no céu de Rubem Alves...


=)

O tempo



Se a palavra não couber no tempo
Apenas chegue.
Com as nuvens do findar da tarde
Como  vento que sopra e não arde...

Se tudo que há para ser dito não cabe
Faça silêncio e fique perto
Apenas um pouco, pra eu te respirar
Um mesmo espaço e o mesmo ar...

E aquieta a mente no meu corpo
Na face que sabe bem quem és
E ainda assim, não esqueceu a ternura
De fazer do instante...a nossa cura.

E deixa que o tempo cuide
Não há amor sem silêncio e ação
E a comunhão de dois é  para poucos
O espaço do sentir é o tempo dos loucos...#

terça-feira, 27 de janeiro de 2015

Oração ( A Banda mais bonita da Cidade)




Loucura (Ou não)



Loucura...ou não
Foi apenas o meu e o teu coração
Tentando encontrar a saída...

Loucura...ou não
Será que o que é inteiro não é insano?
Na plasticidade da existência
Ser real beira à retalhos de demência...

Loucura...ou não
Foi a minha na tua mão
Tentando não ser despedida...

Loucura...ou não
É apenas o meu e o teu coração
Mais sábios que a razão
Pedindo  um porque ou  explicação...#

Acordo



Dê-me as horas em que passamos a divagar
Poemas, canções, Raul, Chico e Belchior.
E as ressacas você pode levar
Fique também com as ondas do mar...
Mas deixe os domingos e finais de tarde
Procurando fotografar a vida e sua arte
Deixe-me os sorrisos bobos no meio da noite
E as memórias de encontrar um lar
Leve a bagagem e o peso jogue ao ar... 
Deixe-me o antigo e querido endereço
A respiração , o verbo sem preço
E a certeza de que foi mais que um sonho
E, se quiseres, podes levar os ganhos...
Fique com os barcos e a maré salgada
Que há tanta água a nascer do olhar
Fique com a benção daquela oração!
E até com  parte do meu coração...

segunda-feira, 26 de janeiro de 2015

Findar do dia



O dia sobrepesa a carne
A pele pede o cobertor
A poesia  recobre e pede sono
A lua inquieta, não dorme
Mas precisa de sonhos...
Sonhos  chegam ao fechar o olhar
O dia  finda quando se chega ao lar
E a alma percebe o lugar da estada
Quer sair do corpo
E procurar a morada...#

Sono e findar do dia. 
Morada dos sonhos.

Complementares


Todo mundo carrega luz no coração
Um tipo de presente do existir
Cada um entoa sua própria emoção:
 O sangue que lhe pulsa a pulsação...

E as sombras são opcionais:
Universos, versos, astrais...
Mas o que seria da luz sem escuridão?
O que seria de uma... sem a outra mão?

Certezas não existem onde existe coração!
promessas são apenas a vontade da paixão
E a poesia, encontro da palavra com o verbo
Não existiria eternidade...sem o tempo!#

domingo, 25 de janeiro de 2015

O Girassol (Ira!)


Eclipse




E ainda quando chove
Lá no céu há uma lua
Que tem um farol
Há quem diga que é a luz do sol...

Mesmo quando está nublado
E ambos não se tocam
E vai chover a noite inteira
Ainda assim, é verdadeira...

Certeza inteira de que há um sol
Poesias, canções, brilho e prosa
E a beleza do espaço evoca saudade
Dos tempos em que eram parte...

E ainda quando chove
Lá no céu há uma lua e um sol
E eles brilham! dançam, no infinito
Fecho os olhos para vê-los...é tão bonito...#



* Escorreu do poema:

Dizem que moram um no outro
E que, separados por um astrofísico louco
Que os pôs em cantos inversos
Ainda são (p)arte de um mesmo (uni)verso...#

sábado, 24 de janeiro de 2015

Viver!


É desafiador viver!
É de doer.
É de rasgar o coração e a pele
é de amassar os sonhos
E ainda arranhar vestígios
Quase não tem esconderijo
Ou perdas e danos...

É de cortar a alma em tiras
Sentir rasgar entranha em rimas
E duvidar de toda a sina
Sem explicação!
é um juntar das mãos
E orar silenciosamente à lida...
espremer o sumo,beber em liquidez a vida... #

Para minhas flores, porque duvido que alguém tenha mais sorte que eu, minhas melhores amigas desde gita. <3 <3 <3 <3







sexta-feira, 23 de janeiro de 2015

Chuva!

Não há apaixonados pela mãe-água que não amem esta clássica cena.






Cantando na chuva. Comédia e musical favoritos!  =)

Mãe-água


E onde escorre o sono,mãe-água?
Por sobre a maré do amazonas dorme
Uma noite enluarada em teu manto
Como a recobrir a vida de sutil encanto...

E fico aqui, janela-céu: deslumbrada
Com a simplicidade que tens em fazer beleza
Como se a tua natureza no equador
Fosse sempre a  de luzir, líquida e vapor...

E perco as horas a te desvendar:
Os pingos que jorram poderão vir a ser mar?
E perco o sono a contemplar a perfeição
e a quietude elementar que trazes: força de ser criação...#

quinta-feira, 22 de janeiro de 2015

É mais



Mais generoso que as regras dos mortais
Todo amor é um pacto com o sagrado
Com o melhor no eu cultivado...

Sim, é um pacto com o absurdo
Um segredo, um projeto, 
Um pedido à uma estrela
Em dia de céu nublado...

Uma cadência própria a fluir
Absurdos, fantasmas e glórias...
Mais que palavras e memórias:
é um exercer por existir...#



Afinal, ainda é o maior dom, nas suas várias formas.
=)